domingo, 10 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 8 -

para o Alentejo, foi-se passando a corda para os Anos Oitenta. È altura para dizer que desde o 25 de Abril a Câmara de Aljustrel foi sempre dominada pelo PCP até aos dias de hoje, tendo pautado a sua actuação numa concentração de investimentos na Sede de Concelho e num deixa andar nas Freguesias Rurais, nomeadamente face a Messejana, enquanto Vila com o melhor Património do Concelho. A título de exemplo, comparamos a permanente preocupação e acções reivindicativas perante os destinos das “ Pirites Alentejanas” nacionalizadas, com a ausência total de intervenção aquando do encerramento da Fábrica de Messejana que, em muito, sustentava uma Freguesia.

3. Os Anos OITENTA

Como todos sabem, a Vida não está fraccionada em datas precisas, pois andamos mesmo ao correr do tempo e são episódios sem data que vão fazendo o sentido da história. Significa isto que os anos oitenta foram tempos de altos e baixos, na continuidade duma vida sofrível e expectante de novas coisas que acalentem algo de Melhor!
Quanto às movimentações que ocorreram nestes anos vamos, em primeiro lugar, falar dos modos de vida que foram mudando os comportamentos e condições na vida do dia a dia; o automóvel passou a ser um transporte possuído por dezenas de famílias, que estava ao dispor de voltas colectivas; os electrodomésticos passaram a estar na maioria das casas dos Messejanenses; o comercio aumentou e melhorou, em mercearias, cafés e lojas; foi criado o Grupo Coral com condições; os hábitos dos Jovens mudaram, muito influenciados pelas relações com o mar, quer a sul, quer a oeste, e a influencia dos novos e generalizados meios de comunicação, em que a TV está em primeiro lugar.
Mas dissemos de inicio que esta década foi feita de altos e baixos, pelo que temos que os identificar. À partida temos o apogeu e a queda da Forma, que de quase cem trabalhadores foi em finais de 87 à Falência; este percurso da Forma em muito marcou esta década, que após a falência fez Messejana bater no fundo, com muitas descrenças e fatalismos. Assim, temos um final de década muito sombrio, após anos de melhoria das condições de vida da maioria da População da Freguesia. De afirmar, que as Actividades Agro-Pecuárias continuaram o seu caminho, com menor peso no Emprego, mas mantendo o sector vivo. Todavia, no final da década tivemos o Saneamento Básico e Água Potável.
Por acaso do destino, nesse terrível ano, um filho da Terra trabalhando numa Federação de Cooperativas em Lisboa concebia e negociava em Bruxelas um Projecto Experimental de Formação que seria testado em Messejana a partir de 88; de referir que esta escolha se deveu à aproximação do Autor á sua Vila nos últimos dois anos, para além de ter os requisitos exigidos pelo Projecto. Neste quadro, num momento muito baixo, apenas disfarçado pelos Programas Ocupacionais, surgiu um Projecto que anunciava o Desenvolvimento Comunitário de Messejana e freguesias vizinhas. É assunto a que voltaremos, tendo em conta a influência que veio a ter na região.
Agora aproveitamos a oportunidade, para falar de Aldeia dos Elvas, enquanto única
Aldeia da Freguesia e que chegou a ter a sobrevivência em causa, tal como os grandes Montes que muitos vieram a ser abandonados e ruíram. A Aldeia para

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