quinta-feira, 7 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 5 -

Mas estávamos a esquecer aspectos importantes na vida da Vila; o que dizer dos cuidados de saúde, que estavam entregues nas mãos do Dr. Guisado que com a sua parcimónia tratava dos doentes o melhor possível, com as condições insuficientes da época, e em casos mais graves havia o mini-hospital de Aljustrel e em desespero havia Beja e os Hospitais Centrais de Lisboa; sendo que não havia Ambulância e que os doentes eram transportados em carros particulares de pessoas prestáveis, com os motoristas que tivessem á mão.
E se falarmos da Vida Religiosa ou da falta dela; tínhamos como Prior o Padre Serralheiro que chegara nos anos cinquenta e que se notabilizou como Promotor de Obra, desde a Igreja da Misericórdia à Praça de Touros, sem esquecer o seu convívio com o povo, muito arejado e envolvido nos convívios espontâneos. Cumpria as suas obrigações enquanto Pároco, muito impulsionado por uma vintena de Mulheres Católicas Praticantes, lideradas pela D. Celeste ( em linguagem popular as “Beatas “).
Embora a vida corresse na sua quietude, outras Organizações e Iniciativas percorriam a vida Messejanense; senão vejamos: funcionava a Casa do Povo, com actividades recreativas e desportivas; tinha vida activa o Clube – o Grupo Desportivo Messejanense; organizava-se sessões de Cinema, no Inverno e no Verão, em espaços particulares; realizavam-se Festas e Bailes, uns populares, outros das Famílias mais relevantes da Vila e Concelho, que animavam a vida pacata.







Havia várias Famílias que marcavam a vida da Terra entre o povo e a pequena e média burguesia comercial e rural; são diversas: os Petronilhos, os Camachos/Palhaços, os Policarpos, os Guerreiro, os Fortes, os Lebre, os Baptistas, os Santos Rosa, os Mendes, os Ruas, os “Porca”, os Matos, os Pinto, os Góis, os Guisado, os Salgueiro, os Faria,os Carvalho, os Vieira, os Lopes, os Correia, os Belchior, os Capela ,os Assunção, os Pereira, os Moleiro, os Caetanos, os Naires,….e outras, tão importantes, que, cada uma á sua medida, influenciaram a vida colectiva. Outras Famílias de Lavradores, como os Nobre ou os Lança, marcavam a vida económica da freguesia, que englobava a pequena Aldeia dos Elvas.
No final da década o arranque da FORMA, Mobiliário de Azinho, Lda., constituiu a grande novidade que foi progressivamente aumentando os Postos de Trabalho, e dando perspectivas de futuro aos habitantes da Terra. Poderemos dizer que nos finais dos 60 se vivia um ambiente positivo. Perspectivas de unidades comerciais eram pensadas e concretizadas.


1. A DÉCADA DE 70
Estes dez anos são atravessados a meio pela Revolução do 25 de Abril, o que aconselha a falar do Antes a do Depois. Sobre o Antes podemos dizer que houve uma continuidade nas vivências em sociedade, tendo-se agravado o surto de Jovens pa

1 comentário:

  1. Caro Zé Carlos,

    Não te esqueças da relevância dos Albino. Apesar de serem dos nossos há que também afirmar a sua importância na Vila.

    Um abraço,
    Henrique Albino Figueira

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