segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CV Cívico - síntese - a pedido do Congr. Odemira - ,,curiosidades,,,

Nota Curricular

JOSÉ CARLOS COELHO ALBINO
( breve histórico Cívico – Associativo )
# Nascido em 1954 e criado em Messejana – Baixo Alentejo -, até rumar a Lisboa, onde fez o Curso dos Liceus e o Bacharelato em Economia no ISCTE ( 1977 ) e iniciado a sua Intervenção Cívica e Profissional. Regressado a Messejana ( 87 ) onde reside e donde tem intervindo no Movimento do Desenvolvimento Local.

 Dinamizador de Eventos dos Estudantes do liceu Padre António Vieira, integrante activo da JECatólica, Membro da Comissão de Finalistas e Representante dos Estudantes do ISCTE ( 1972 – 75 ).
 Membro da Mesa da “Assembleia Popular” de Olivais-Moscavide ( 1975 ).
 Funcionário e dirigente da Federação Cooperativa de Produção ( 1977-78 ), Director da União de Cooperativas de Construção e Coordenador Geral da Federação Nacional das Cooperativas Industriais ( 1978-86 ).
 Membro do Conselho Coordenador do INSCOOP e das “Coordenadoras do Movimento Cooperativo Português”.
 Representante nacional no CECOP (Comité Europeu das Cooperativas de Produção ), nos domínios de “Projectos & Formação” ( 1986-88 ).


 Autor e Director do “Projecto de Formação para o Desenvolvimento Comunitário de Micro Regiões Rurais – Messejana 88/90 – “
 Fundador e Presidente da ESDIME ( Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste ) – 1989/2002 -.
 Fundador e Vice Presidente da IDEIA ALENTEJO – Associação para a Inovação e Desenvolvimento Integrado do Alentejo – ( 1993/2000 ).
 Fundador e membro de Órgãos Sociais da “Engenho e Arte” – As. Defesa e Valorização de Messejana ( IPSS ) – ( 1994 – 2011 ).
 Membro da Direcção do NERBE – Núcleo Empresarial do Distrito de Beja – ( 1994/98 ).
 Fundador, Vice-Presidente e Presidente da ANIMAR – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local – ( 1993/2002 ).
 Fundador da MANIFESTA – Assembleia e Feira do Desenvolvimento Local – e organizador e/ou participante activo nas suas 8 edições ( 1994 – 2011 ) .
 Conselheiro do CES – Conselho Económico e Social – ( 1998/2001 ).
 Membro do Conselho de Administração da ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo – ( 1998/2001 ).

 Participação em Estudos, Pareceres, Projectos, Planos, Conferências e Formações no quadro do Desenvolvimento Local e Regional, enquanto Consultor e/ou Cidadão Activo ( 2003 – 2011 ) .

 Participante e Interventor crítico no “Congresso do Associativismo e da Democracia Participativa” ( 2010 ) .

 Membro da Rede “Economia com Futuro” ( 2011 ) .

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Do Local - tradição, diferenciação e inovação,,,Congresso da "Baixas Densidades",,tópicos m. Intervenção,,,

“O Desenvolvimento Sustentável nos Territórios de Baixa Densidade“
1º. Congresso Regional _ Baixo Alentejo
Odemira, 28 e 29 Outubro 2011



Os “Localismos” – da tradição à diferenciação e inovação
José Carlos Albino
(ANIMAR)


Tópicos da Intervenção
(em construção)

Ponto Prévio – Abordagem do Tema “Localismos”, no quadro do lema do
Congresso – “O Desenvolvimento Sustentável nos Territórios de Baixa Densidade”

 Dos limites-bloqueios das muito baixas densidades e da questão do Povoamento

1. Dos “Localismos”, ao Desenvolvimento Local em Rede – do Local ao Global

 Intervenções ascendentes V/ descendentes e suas inter-acções
 Da necessidade de Organização e Cooperação Territorial
 Com aberturas aos “Exteriores”

2. Do Casamento de Tradição com Modernidade

 Do conceito de “Tradição” – tradição com civilização
 Modernização para a Inovação Diferenciadora dos Territórios
 Casamento e capacidade concorrencial na “Aldeia Global”
 Da necessidade de Casamento Inter-Geracional











3. Vertentes e Temáticas da Inovação

 Económica – Sócio Cultural – Tecnológica - Ordenamento do Território – Organizacional
 No : - Produto – Comercial – Método – Comunicação
 Necessidade de Inovar em todas as vertentes e temáticas de forma conjugada, geradora de complementaridades e sinergias virtuosas

4. Diferenciação e Pluralidade Sectorial – os Lemas Estratégicos para o Desenvolvimento Sustentável dos Territórios de Baixas Densidades

 Diferenciação fundada no Ordenamento do Território, sem “invenção da roda”
 Pluralidade fundada em triângulos sectoriais estratégicos
 “Todos Diferentes, Todos Iguais” – também nos Territórios de Baixas Densidades


Mensagem Final

Casamento de tradição com inovação, com racionalidade e sensibilidade, a chave para o desenvolvimento territorial das aldeias, vilas e cidades que fazem Portugal todo.
PORQUE SÓ LÁ VAMOS SE A APOSTA FOR NACIONAL E GLOBAL!
Façamo-nos ao Caminho, na Tradição, com Inovação e permanente persistência !


Messejana, 26 de Outubro de 2011
José Carlos Albino
(ANIMAR)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MICRO EMPRESAS - esquecimentos & potencialidades -

MICRO EMPRESAS – de ignoradas a reconhecidas, sem consequências

É sabido que o nosso Tecido Empresarial é, há muito, dominado por Micro e Pequenas Empresas. Tal situação foi totalmente ignorada no pós Integração Europeia na, então, CEE.
Há 25 anos a aposta Governamental para a Modernização da Economia assentou, quase exclusivamente, nos impulsos e apoios aos médios, grandes e “enormes” projectos empresariais, porque “só com o grande se pode fazer muito”.
A propósito, lembro um episódio. Beja, 1992, apresentação do SIBR – Sistema de Incentivos de Base Regional. Face à informação de que o “Sistema Regional” só apoiaria projectos superiores a 100 mil contos de investimento por PMEs., de dezenas de postos de trabalhos, fiquei atónito e, na altura autorizada, interpelei o Sr. Director do Desenvolvimento Regional. Disse, então :
“ Face à realidade empresarial no Alentejo ser composta por 90 % de empresas com menos de 10 postos de trabalho, sendo 85 % de menos 5, qual o impacto do SIBR no desenvolvimento económico da Região? Não seria mais adequado apoiar as MPEs, Micro e Pequenas Empresas, assumidas como segmento específico e determinante?”. À questão, o Sr. Director, com um sorriso sibilino e sarcástico, disse – “ Isso de MPEs é uma invenção ou é irrelevante para a economia, pois só grandes projectos nos levarão ao moderno desenvolvimento. Este SIBR é que é frutuoso para o país e região”.
Pois, foi assim! Mas, passados uma dúzia de anos, as MPEs. entraram no vocabulário das diversas lideranças políticas, económicas e sociais. Até houve um RIME ( Regime de Incentivos para Micro Empresas ), de boa memória e fraco orçamento. E, no discurso, as MPEs. foram ganhando forte relevância para “a luta do emprego” e da “batalha da produção”. Dos sorrisos irónicos, saltou-se para a seriedade discursiva, mas a ausência das MPEs. nas estratégias, políticas, incentivos e intervenções para o “Desenvolvimento de Portugal-Todo” manteve-se.
De facto, a lógica do “só o grande faz grande”permanece por dentro da maioria do nossos Líderes. Mas, as coisas vão mudar, porque não se vislumbra alternativa. Façamos para que, agora, se aposte nos “MICROS” em conjunto, seja nos territórios ou nas especialidades.
Será que nesta “emergência nacional”, finalmente, se apostará nas unidades económicas que nos diferenciam e nos potencializam? Fazer por isso é uma obrigação, a bem dos futuros.
Nos MICROS, também nos Territórios, em redes e em conjunto, façamos o caminho do progresso sustentável.
Do Micro ao Macro !

José Carlos Albino .
Messejana, 26 de Outubro de 2011 .

MPEs....de Micro,,, falta final,,,

MICRO EMPRESAS – de ignoradas a reconhecidas, sem consequências

É sabido que o nosso Tecido Empresarial é, há muito, dominado por Micro e Pequenas Empresas. Tal situação foi totalmente ignorada no pós Integração Europeia na, então, CEE.
Há 25 anos a aposta Governamental para a Modernização da Economia assentou, quase exclusivamente, nos impulsos e apoios aos médios, grandes e “enormes” projectos empresariais, porque “só com o grande se pode fazer muito”.
A propósito, lembro um episódio. Beja, 1992, apresentação do SIBR – Sistema de Incentivos de Base Regional. Face à informação de que o “Sistema Regional” só apoiaria projectos superiores a 100 mil contos de investimento por PMEs., de dezenas de postos de trabalhos, fiquei atónito e, na altura autorizada, interpelei o Sr. Director do Desenvolvimento Regional. Disse, então :
“ Face à realidade empresarial no Alentejo ser composta por 90 % de empresas com menos de 10 postos de trabalho, sendo 85 % de menos 5, qual o impacto do SIBR no desenvolvimento económico da Região? Não seria mais adequado apoiar as MPEs, Micro e Pequenas Empresas, assumidas como segmento específico e determinante?”. À questão, o Sr. Director, com um sorriso sibilino e sarcástico, disse – “ Isso de MPEs é uma invenção ou é irrelevante para a economia, pois só grandes projectos nos levarão ao moderno desenvolvimento. Este SIBR é que é frutuoso para o país e região”.
Pois, foi assim! Mas, passados uma dúzia de anos, as MPEs. entraram no vocabulário das diversas lideranças políticas, económicas e sociais. Até houve um RIME ( Regime de Incentivos para Micro Empresas ), de boa memória e fraco orçamento. E, no discurso, as MPEs. foram ganhando forte relevância para “a luta do emprego” e da “batalha da produção”. Dos sorrisos irónicos, saltou-se para a seriedade discursiva, mas a ausência das MPEs. nas estratégias, políticas, incentivos e intervenções para o “Desenvolvimento de Portugal-Todo” manteve-se.
,,,,e,,,???????

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

INDIGNAÇÃO & ALTERNATIVAS - início -

Das INDIGNAÇÕES, às ALTERNATIVAS Mobilizadoras !
“O Rei vai Nu !”. Completamente nu, embora se vá, ainda, jogando uns tristes véus para tapar as “pouca vergonhas ”. Já ninguém acredita na regeneração do Modelo do Sistema nestas últimas quatro décadas. O monge das finanças ainda tenta, mas já se vê que não acredita. O ser o “Salazar XXI” não resultou; o mundo mudou !
Mas indo ao assunto. Registei várias indignações de sectores diversos, que, espero, poderem complementar-se. Falo de três. A “rede economia com futuro”, os “indignados-revoltados” e os comentadores do Expresso sobre o OE de 2012. Nos três, o diagnóstico sobre a razão das Crises é largamente consensual. A “libertinagem dos capitais” fod…lixaram-nos. O modelo, por esgotamento, afundou-se. Parece que, agora e lá no fundo, já não se acredita na regeneração do modelo do sistema. E a INDIGNAÇÃO revela-se.
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Memórias Cruzadas - 04 - concluído -

Das LIBERDADES nas Sociedades

Desde cedo, entendi que o aconselhado ou imposto era pouco ou nada falar sobre o que se vivia e via. Os tempos de partilha de ideias sobre o vivido, tinham que o ser nos “subterrâneos” das comunicações. A regra, era “ouvir e calar”. Aos seis anos, nos anos sessenta, entendi que as vidas vividas livremente estavam bloqueadas ou condicionadas.
No concreto. Não se podia criticar os “chefes”, fossem quem fossem. Salazar, nunca. Mostrar duvidas sobre a Guerra em África, do “Angola é Nossa!”, nem pensar. O que se passava no Mundo era escondido ou adulterado. Aquando da Libertação da “Índia Portuguesa”, todos o que a aceitaram eram diabos contra o “Bom Portugal Imperial”.
Mas, vamos a casos ilustrativos, quanto a “costumes”.
Nas diversas Escolas Primárias a repressão física sobre os canhotos era feroz. Quem ousava manter a sua natural tendência de escrever com a mão esquerda, levava reguadas e pontadas,,,para se endireitar. Mas os canhotos foram, com perseverança e verticalidade, fazendo o seu caminho esquerdo.
Um caso. Na minha 1ª visita a uma Feira do Livro de Lisboa, com o meu trio principal de amigos, talvez com 15-16 anos, o quarteto foi posto a dispersar por dois Polícias. Porquê ? Por ser proibido ajuntamentos de mais de 2 Pessoas na via pública, eventuais inícios de manifestações. Sabemos o horror que o Regime tinha à Literatura em geral, e às centenas de livros proibidos que podiam circular pela Feira, em particular, mas a estupidez fez crescer a raiva contra o “Estado Novo” em jovens com sede de cultura, obviamente livre.
Nesta memória das Liberdades nos Anos 60, apenas mais uma situação. Grave, muito grave. Aquando das trágicas “Cheias de Lisboa - 67”, em que morreram centenas de Pessoas, nunca divulgadas, as “Autoridades” desaconselharam e, ou, impediram que jovens estudantes de participar no apoio às vítimas e no rescaldo das zonas devastadas. Tudo com o argumento de se poder inflacionar a desgraça e, principalmente, gerar-se movimentos contra o Governo da Pátria. Resultado : a revolta cresceu.
Nada disto voltou a acontecer após o 25 de Abril, porque as Liberdades foram restauradas e as Pessoas passaram a viver naturalmente as suas Cidadanias. Todos os nascidos nos Anos 70 e seguintes, cresceram sem proibições aberrantes e a liberdade de Ser passou a ser como o ar que se respira. Gostava, contudo, de conhecer as suas memórias de como tem vivido e convivido com as liberdades. Fica o desafio.
Uma pergunta para, por agora, concluir. Será que a evolução do País nas últimas décadas e dentro da “Aldeia Global” desregulada levou ao cerceamento das Liberdades ou, pelo contrário, as ampliou ?
Reflectir é necessário.

José Carlos Albino
Messejana, 17 de Outubro de 2011.
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domingo, 16 de outubro de 2011

Memórias Cruzadas - 04 - ,,inicio,,,

Das LIBERDADES nas Sociedades

Desde cedo, entendi que o aconselhado ou imposto era pouco ou nada falar sobre o que se vivia e via. Os tempos de partilha de ideias sobre o vivido, tinham que o ser nos “subterrâneos” das comunicações. A regra, era “ouvir e calar”. Aos seis anos, nos anos sessenta, entendi que as vidas vividas livremente estavam bloqueadas ou condicionadas.
No concreto. Não se podia criticar os “chefes”, fossem quem fossem. Salazar, nunca. Mostrar duvidas sobre a Guerra em África, do “Angola é Nossa!”, nem pensar. O que se passava no Mundo era escondido ou adulterado. Aquando da Libertação da “Índia Portuguesa”, todos o que a aceitaram eram diabos contra o “Bom Portugal Imperial”.
Mas, vamos a casos ilustrativos, quanto a “costumes”.
Nas diversas Escolas Primárias a repressão física sobre os canhotos era feroz. Quem ousava manter a sua natural tendência de escrever com a mão esquerda, levava reguadas e pontadas,,,para se endireitar.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Memórias Cruzadas - 03 - concluído -

O Social na EDUCAÇÃO – épocas –

Desde cedo que nos falam e exercem sobre a nossa EDUCAÇÃO. Mas todo o “processo educativo” tem um contexto SOCIAL. Nasce na família e vai percorrendo vários laboratórios sociais, em diferentes épocas, territórios e instituições.
Vamos, pois, à crónica a propósito.
Saltando a educação no seio familiar, falo-vos de, com 6 anos acabados de fazer, ter entrado “extra-numerário e clandestinamente” na Escola Primária de Messejana. Escola do Salazarismo, acabada de inaugurar. No social, saliento que em quatro dezenas de alunos, a maioria até aí sempre tinha vivido descalço. Lembro-me que muitas botas foram sinónimo de prisões. Nas aulas e nos convívios cheirava-se a fome. Mas as brincadeiras viris iam ultrapassando barreiras e tristezas. Neste cinzento quadro, havia vidas alegres em movimento.
Mas outro território ganhou vivência. Aos nove anos depositado em Lisboa, experimentei a Escola 1111 em Alvalade, para cumprir a 4ª classe. No social, apenas dizer que em mais de 40 alunos, meus colegas, três dezena viviam nas “barracas” e o pequeno furto era uma necessidade. Num bairro inter-classista, os filhos dos mais abastados arrumavam-se nos colégios particulares. E na minha Escola, quando no jogo da bola éramos todos iguais.
Felizmente, “pés descalços” e “barracas” há mais de trinta anos que desapareceram dos nossos contextos sociais. As minha filhas, de 23 e 12 anos, começaram com “pré-primária, uma, e com creche-infantário, outra, na mesma Vila de Messejana e com turmas de menos de duas dezenas e com colegas devidamente vestidos, alimentados e com habitações dignas.
Novos cenários sociais, mas, talvez, ainda com estigmas económico-culturais e sem uma escola fomentadora de cidadania, solidariedade e responsabilidade. Fica a questão, para reflexão e desafio a novas histórias e visões.
José Carlos Albino
Messejana .
Nota – obviamente, que a temática Educação fica para novos tempos e novas abordagens.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Memórias Cruzadas - 03 - ,,inicio,,,

O Social na EDUCAÇÃO – épocas –

Desde cedo que nos falam e exercem sobre a nossa EDUCAÇÃO. Mas todo o “processo educativo” tem um contexto SOCIAL. Nasce na família e vai percorrendo vários laboratórios sociais, em diferentes épocas, territórios e instituições.
Vamos, pois, à crónica a propósito.
Saltando a educação no seio familiar, falo-vos de, com 6 anos acabados de fazer, ter entrado “extra-numerário e clandestinamente” na Escola Primária de Messejana. Escola do Salazarismo, acabada de inaugurar. No social, saliento que em quatro dezenas de alunos, a maioria até aí sempre tinha vivido descalço. Lembro-me que muitas botas foram sinónimo de prisões. Nas aulas e nos convívios cheirava-se a fome. Mas as brincadeiras viris iam ultrapassando barreiras e tristezas. Neste cinzento quadro, havia vidas alegres em movimento.
Mas outro território ganhou vivência. Aos nove anos colocado em Lisboa, experimentei a Escola 1111 em Alvalade, para cumprir a 4ª classe. No social, apenas dizer que em mais de 40 alunos, meus colegas, três dezena viviam nas “barracas” e o pequeno furto era uma necessidade. Num bairro inter-classista, os filhos dos mais abastados arrumavam-se nos colégios particulares. E na minha Escola, quando no jogo da bola éramos todos iguais.
>>>>seguirá,,,<<<<<<<

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Memórias Cruzadas - 02 -

Memórias – de moços a cinquentões
Para já, vou para as “Memórias Cruzadas”, partindo dos registos que tenho desde que me conheço, ainda criança. Estamos, assim, no arranque dos Anos 60 do Século passado. Só é meia década.
Falemos de viagens. Olhemos os tempos para que encontros se realizem. Assumir as mudanças, talvez supersónicas, para melhor ir Mudando, o nosso interesse.
Messejana a Lisboa, um percurso de caminhos. A minha primeira viagem de Messejana para alcançar Lisboa, via Transportes Públicos, terá sido há 50 anos.
Aos seis anos vi-me envolvido na aventura de partir das “berças” até à Capital do Império, num país da incomunicação. A partida de Aljustrel foi às 9.30. Aos mais novos daria um rebuçado se acertassem na hora de aterrar no Terreiro do Paço.
Numa camioneta, tipo “machimbombo”, parámos e estacionámos em Ferreira, Torrão, Alcácer, Setúbal e Almada. E chegados a Cacilhas, ponto último da margem esquerda, faltava o cacilheiro para “a outra margem”. Com tudo chegámos ao fim da tarde, 19.30, ao distante Terreiro do Paço. Foram dez horas.
Hoje em Transportes Públicos são duas horas e meia. Em carro próprio comunica-se em hora e um quarto. Nas percentagens na moda, ganhámos 500 por cento.
Mas que resultado, que ganhos, o País com as suas Gentes e Teritórios obtiveram ? Pouco, muito pouco. Mudou-se na forma, pouco na substância. Estreitou-se nos tempos, mas alongou-se nos modos.
Perante estas mudanças, que dirão ?
José Carlos Albino – Messejana -

sábado, 8 de outubro de 2011

MEMÓRIAS CRUZADAS - 01 -

MEMÓRIAS CRUZADAS
Decidi agarrar uma nova onda de crónicas, com um pressuposto e objectivo claros. Contribuir, de forma simples e nos costumes, para entender e sentir as MUDANÇAS vividas nas últimas cinco décadas. Tudo, porque a memória colectiva é curta e desfocada.
E sem história, não haverá futuro que nos aqueça as nossas almas. Porque temos que nos assumir como estafetas do que fomos herdando, para o que formos construindo. Passado, presente e futuros à procura duma linha condutora que nos ilumine os caminhos das felicidades terrenas.
Memórias, de tempos diferentes, para sentirmos que podemos ser arautos de novas esperanças.
Tentaremos várias temáticas, talvez todas, para nos revermos em todas as nossas dimensões.
“Os dados estão lançados !”
Cruzemos memórias, a bem dos futuros !
zé carlos albino
em Messejana .

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ECONOMIA - ALTERNATIVA DE FUTURO -

ECONOMIA COM FUTURO – alternativa em construção
A Economia, de há duas décadas, anda na boca de toda a gente. Por boas e más razões. Boas, na medida em que se reconheceu que as “coisas da economia” eram fundamentais para perceber e condicionar as nossas vidas sociais. Más, porque os mandantes do “mundo da globalização” elegeram a “economia-contabilidade” como o soporífero para perpetuarem a sua ideologia ultra liberal e anti-social. E os Órgãos de Comunicação Social especializaram-se em temas económicos, mas sempre sem questionarem os fundamentos do “pensamento único” que anunciou “o fim da história”.
Mas a história foi-se fazendo. Embora de baixo de água e silenciados, os cientistas da economia foram exercendo o seu dever de análise crítica e de clarificação dos cenários que se vão apresentando nos nossos futuros.
A Conferência “Economia Portuguesa – uma economia com futuro” de 30 de Setembro, envolvendo mais de cinco centenas de participantes, constitui um marco, uma fronteira aberta para que os caminhos alternativos na Economia que se vão desenhando por todo o Território Nacional se vão conjugando e ganhando maior visibilidade e factor de mobilização dos Agentes e Actores que combatem as Crises e as pretendem superar.
Acertados nas causas dos desastres da actualidade – “a libertinagem dos capitais selvagens” -, o desafio é desenhar e percorrer os caminhos duma Economia ao serviço das “Gentes & Territórios” que garantam futuros dignos para os Jovens e Vindouros.
Sobre os caminhos, em breve voltaremos para os nossos contributos.
José Carlos Albino
Messejana, 3 de Outubro de 2011 .

domingo, 2 de outubro de 2011

Economia & Alternativa

ECONOMIA COM FUTURO – alternativa em construção
A Economia, de há duas décadas, anda na boca de toda a gente. Por boas e más razões. Boa, na medida em que se reconheceu que as “coisas da economia” eram fundamentais para perceber e condicionar as nossas vidas sociais. Más, porque os mandantes do “mundo da globalização” elegeram a “economia-contabilidade” como o soporífero para perpetuarem a sua ideologia ultra liberal e anti-social. E os Órgãos de Comunicação Social especializaram-se em temas económicos, mas sempre sem questionarem os fundamentos do “pensamento único” que anunciou “o fim da história”.
Mas a história foi-se fazendo. Embora de baixo de água e silenciados, os cientistas da economia foram exercendo o seu dever de análise crítica e de clarificação dos cenários que se vão apresentando nos nossos futuros.
 
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