domingo, 31 de maio de 2009

CROMOSmessejana04

Perguntar-se-ão qual será a Personagem que vem a seguir..mais novo, mulher, importate, do Povo,.. Ámanhã se saberá!Aceitam-se apostas....mas, são TANTOS !
Abraços Curiosos!
Zé Carlos
Messejana.

IdeiasSoltasemComtino

eAmáquinaManda!EtuAdáptas-te!Aprendes!AvidaVai quenteEde VáriasModalidades!estouAorubroComEleiçoesLocais;temosQUEdarNovaVidaAoConcelhoDe Aljustrele,emGeral,A todoOalentejo.Há35anosQueSomosMandadosEmMuitosComcelhosPelosMandantesdoPCP,oqueNosAtiraParaOdeixaAndar!oALENTEJOmereceAutarcasQueVivamParaOdesenvolvimento,semPeias,memMedos!MerecemosUmaBaseAlentejana,comForçaEiniciativaDIVERSIFICADA!EstouComTodosQue,semCocabichismos,façamAtrairOriscoEoInvestimento,porDentroEcomGenteDe DemtroEfora!queSeJuntemTodosOSeASdeBoaVontade.nemÉmuitoComplexo,nemComplicado,éSóQuestãoDe TrabalharmosJuntosEsermosUnidos,noFundamental.porAquiMeFico.porqueIstoÉcomplicado....atéAmanhÃ!ZéCarlosMessejana.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

CROMOSmessejana03

“ MESTRE PEREIRA “

Homem já com os oitenta, continua a ser uma Pessoa activa na sua Oficina, bem como, na sua função de hortelão e criador de “bicos”. Carpinteiro de Profissão, começou como Ajudante de Mestres em Messejana e por outras paragens, até que instalou a sua Oficina, quando começava a ser Pai dum casal, a quem tinha que cuidar, com a ajuda permanente da sua Mulher, Jaquelina, que começou a gerir uma “drogaria”, e via a sua empresa a aumentar.
Mas é fora das horas de Trabalho, nos seus tempos livres, que a Personagem “Mestre Pereira”, e Manel para os mais próximos, se projecta na vida da Terra, enquanto grande animador, conversador, bebedor de copos de vinho, de conviva e homem que fazia que os acontecimentos girassem á sua volta, com as suas estórias e filosofias que, dependendo do “ritmo” do seu estar, iam mobilizando duas ou meia dúzia de companheiros….!
A sua Personalidade, recta e empresarial, tinha diversas cambiantes, conforme o tempo que gastava nas Tabernas e Cafés; por vezes, dava-lhe para cantar ou para criar rodas de ouvintes, que aumentavam ou diminuíam, conforme o “aquecimento” que estava por dentro de si…! Conhecido como bombeiro nas tarefas da Carpintaria para os habitantes de Messejana e zona envolvente, tem muitas obras á vista em voltas á Terra e mais tantas dentro dos interiores das Casas.
Hoje, já com os oitenta, vai fazendo uma vida mais calma, mas continua a ser uma Figura no activo, em todas as frentes, sempre disposto a um bom Convívio, com a grande maioria dos Messejanenses e de amigos criados na Zona, em que a alegria era sempre alimentada e fomentada.
Meu bom companheiro, fica-se á espera de contributos que enriqueçam esta especial figura, que marcou e marca o respirar da Terra!
Zé Carlos Albino
Messejana.

notassoltasAGRICULTURA

AGRICULTURA nas nossas terras!

É evidente que o Futuro da nossa região, tem que passar por uma Agricultura Activa e vista nas suas diversas modalidades, mantendo o “campo” vivo!
Ao nível do emprego gerado, não terá o peso que já teve, mas marcará a vida das Terras, particularmente no nosso Alentejo, dando o ritmo ás vivências das gentes.
Mas para que isto aconteça, é necessário e urgente um maior dinamismo da parte de Todos os que, directa ou indirectamente, vivem da “terra”; é preciso Valorizar o estatuto dos Agricultores e de todos o que á sua volta giram, para reforçar a auto-estima dos Agentes que fazem mexer as Terras que nos acolhem.
Será regadio.., será sequeiro…, será agro-bio…, será transformação agro-alimentar…, será agro-turismo…, será cultura intensiva e extensiva…, SERÁ o que nós conseguirmos FAZER !
Estou certo que será e que a Agricultura dará o seu contributo no Desenvolvimento Global das nossas Terras, pequenas, médias e grandes, que fazem o nosso lindo Alentejo com Futuro garantido!
Mãos á Obra…!
Zé Carlos Albino
Messejana
Baixo Alentejo
ALENTEJO

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CROMOSmessejana02

O “ PÈNINHA “

Rapaz com perto dos cinquenta, de seu nome Carlos Baptista, é uma Pessoa fora da comum; pelo seu percurso, tem trilhado caminhos, por vezes, turtuosos, que vai conseguindo passar com alguma calma e comedimento. É, hoje, uma Pessoa por todos conhecida e uma referência nas margens da vida Messejanense!
Vive sem trabalho regular, normalmente sem dinheiro no bolso e passa por períodos alcoolizados e tempos largos de saúde saudável; “moço de recados” de Amigos ,que nas suas relações vão puxando pelo Carlos “Perna”.
Vive uma Vida fora do comum: solteiro, sem rendimento certo, vagueando pela Terra, agarrado á cama, com relações com toda a gente, dependente da Solidariedade de amigos, bem ou mal vestido, conforme a situação alcoólica, e parece que vai assentando a vida.
Moço baixo e magro, com um regime alimentar dependente, com um andar particular e cromo que anda nas bocas do mundo, marca de há tempos a vivência da nossa Vila. Dentro do seu modo de estar, frequenta todos os Cafés, Bares e, em geral, todo o Comércio Local.
Dado, por muitos, como um marginal que vive á conta do Pessoal, está num bom momento e espera-se que vá andando por um caminho, em que se sinta de bem consigo e com todos os outros.
Bons anos de vida vivida e enviem os vossos contributos, que enriqueçam a fotografia do “ Perna”, que, para mim, é um bom Companheiro!
Zé Carlos
Messejana.

CROMOSmessejana01

ZÉ CARLOS ALBINO

Vou referir-me ao período desde o meu regresso á Terra, há 22 anos, pois até aos meus dez anos, apenas posso dizer que era chamado de “menino Zé Carlos” e que não falhava um Funeral, acompanhando o Prior Serralheiro nas orações.
Com 33 anos (idade de Cristo) regresso a Messejana para tomar conta do Lagar do meu Pai, em conjunto com os meus três Irmãos, mas, principalmente, para anunciar e iniciar um Projecto dirigido aos desempregados da Freguesia, com vaga para 100 Pessoas e no valor de 100 mil contos.
Sou baptizado como o “ Chefe do Projecto “ e, desde cedo, sou visto como um “cromo” que muito gostava do Convívio alegre, bem regado e comido, e sempre que possível exuberante dançarino. Passo a ser conhecido apenas pelo Zé Carlos que com toda a gente falava e convivia, bem como, como o Pai da Maria, que cá chegou apenas a gatinhar.
Outra característica, bem notada, é a sua paixão pela Noite, quer para trabalhar, quer para beber um copo e conversar com amigos; houve quem dissesse que tinha horário de Padeiro e que só á noite é que lhe vinha a inspiração…!
Também falado pelas dezenas de Pessoas de fora, que veio trazendo a Messejana, o que constituiu o ver-se novas formas de vida, que iam influenciando sectores da Comunidade, principalmente os juvenis e jovens adultos. Algo que merece referência é a fama e proveito de se dar regularmente com os “marginais da Terra “, que sempre influenciam o viver da Terra.
“Chefe” da Esdime e viajando por todo o País, principalmente pelo Alentejo, será considerado um “fura-vidas” para todos a que ele se dirigiam e uma voz pública nas rádios e jornais, particularmente os regionais.
Fazendo uma vida corrente, com altos e baixos, é o que tenho a dizer, não obstante os acréscimos e críticas que os meus amigos Leitores possam produzir…! Mas, para acabar, achar que muitos de Vós terão coisas negativas, ou, e, positivas a acrescentar….contudo, por acaso do destino, finalizo com as palavras dum Companheiro que encontrei hoje em Beja : “ ele diz que tu bebes uns copos, mas és muito inteligente, persistente e escreves bem! “
Ao Dispor !
Zé Carlos Albino
Messejana.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CROMOS

Vou entrar por um Atalho, espero que mais fácil do que fiz, vai para dois anos, complexo e difícil, mas que merece que seja tratado, pois revela Personalidades que marcaram e marcam o Imaginário das Gentes da Terra, no decorrer dos últimos tempos.
A ideia de CROMO é manhosa e sempre um pouco provocatória, mas vou considerar que CROMO é quem deixou peugadas nas ruas da Nossa Terra; para uns, pode ser por razões negativas, para outros, motivado por coisas positivas; mas deixaram ou vão deixando as suas “marcas” na cabeça das Pessoas, em geral!
Para começar acho que, sendo um Cromo, devo vir a começar por mim próprio; outra a entrada retirava-me alguma Credibilidade e espaço para falar de “outros”.
Por , hoje, fico por aqui, sem deixar de dizer que vós são desafiados a dizer coisa sobre CROMOS, com a responsabilidade que as Pessoas merecem.
Até logo…!
Abraços Humorísticos!
Zé Carlos Albino
Messejana.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

MANIFesta09

MANIFesta de Peniche: um êxito !
Regressado da NANIFesta em Peniche, ao fim de 4 dias intensos, sinto-me com as baterias recarregadas para enfrentar os Desafios pessoais e Colectivos que se colocam á nossa frente.
De facto, confirmou-se um bom Convívio e os diversos Debates foram animados e produtivos na procura de respostas á Crise Global que vamos vivendo, sem esquecer a Animação e os espectáculos que aqueceram o ambiente. Confirmou-se que a MANIFesta é o real FÓRUM SOCIAL em Portugal, o que nos obriga a redobrar os esforços e ganhar uma clarividência para fazer os Caminhos que a Declaração Final interpela.
Da Declaração saliento a ambição de criar uma Plataforma entre as várias Organizações Nacionais do Desenvolvimento Local e da Economia Social, de forma a que a uma só Voz defenda as necessidades e capacidades deste inovador Terceiro Sector, bem como, a reivindicação de Políticas e Instrumentos que, de forma continuada, fomentem a realização de bens de Serviço Público que promovam o desenvolvimento dos Territórios e Gentes que fazem Portugal.
Enfim, os muitos presentes aclararam e reforçaram as forças para os enormes compromissos que temos com as Comunidades de que fazemos parte!
Ao trabalho, porque o tempo urge!
Abraços Solidários!
Zé Carlos
Messejana

quarta-feira, 20 de maio de 2009

IMANIFesta

Ida á NANIFesta de Peniche !
Pois é…amanhã parto para PENICHE, e entrarei no Mundo MANIFesta, onde encontrarei centenas de Companheiros de Jornada; sim, centenas, porque já lá vão 20 anos de relações entre os Militantes do Movimento do Desenvolvimento Local, que nos liga a Cooperativistas, Autarcas, Sindicalistas e Activistas da Cidadania Activa e Solidária, sem esquecer os 12 anos de Movimento Cooperativo, em Organizações da âmbito Nacional e a dezena de Acção Política e de Movimento Estudantil.
Em 1º lugar, é uma vivência de matar saudades e festejar as Comunicações possíveis, porque já lá vão dois anos em que andei arredado das Lides Associativas e estão muitas Conversas adiadas; espero que seja uma “desbunda” sem limites.
Mas, também, vão ser vivências de actualizar a cabeça sobre os Desafios que temos pela frente! Estou curioso em saber se estes tempos de internamento me afastaram muito das Ideias e Linhas que estão na ordem do dia; os debates em que penso Participar, o dirão…!
E nos tempos todos vamos estar envolvidos na Feira de Associações, Projectos e, muito importante, de Produtos diversos de todo o País; espero que não faltem as Tasquinhas onde á volta de conversas se bebe e come do que de bom produz a Terra Portuguesa, de Sul a Norte, mais as Ilhas Adjacentes!
Durante todos os dias, mas principalmente á Noite, curtiremos boa Música das mais variadas origens e de todos os Tipos; curiosidade especial para “ Os Deolinda”, que não conheço
Enfim…vai se um “fartar vilanagem” de Convívio e Debates enriquecedores; agora, já com água na boca, até parece que já lá Estou!
Com o compromisso de dar Novas sobre o Acontecido, espero-vos em Peniche, nem que seja por via electrónica ou noticiosa!
Abraços Solidários!
Zé Carlos
Messejana.

terça-feira, 19 de maio de 2009

FÓRUM SOCIAL

NANIFesta: o Fórum Social em Portugal!

Desde 1994 que se realiza a MANIFesta, Assembleia e Feira do Desenvolvimento Local, que lançada por um punhado duma trintena de Militantes do Desenvolvimento Local nascente, desde logo mobilizou perto duma centena de Organizações de diversas Matizes, tendo em conta o carácter transversal das ADLs. e a multiplicidade de Associações que associam, sem esquecer as centenas de Cidadãos Activos sedentos de Participação na Coisa Pública!
Foi em Santarém, com a carga simbólica que encerra, que, antes de Porto Alegre, mais dum milhar de Activistas mostraram o que andavam a fazer e debateram os desafios da Cidadania Activa. De facto, este foi o 1º Fórum Social Português com recomendações concluídas e com um recarregar de baterias para a Acção Quotidiana.
Desde aí mais seis Edições tiveram lugar –Tondela, Amarante, Tavira, Serpa e Trancoso -, sempre envolvendo diversas Organizações Cívicas e Solidárias, nomeadamente as Estruturas de representação de IPSSs., Cooperativas, Sindicatos, Colectividades e Poder Local, particularmente as Freguesias, e outras de carácter Temático, ligadas aos desafios do Desenvolvimento Global!
Hoje, estamos em PENICHE para a 7ª. Edição, tendo como Mote Principal “ A resposta do D. L. e da Economia Solidária á Crise”, para aprofundar o papel da Cidadania Activa e da Democracia Participada nos tremendos desafios que atravessam o Mundo e com vista ao reforço do papel do Estado perante as Organizações que prestam Serviços de Bem Público junto das Comunidades a que se dirigem.
Venha até Peniche e engrosse o caudal de Energias Humanas que podem, com sustentabilidade, criar as energias que nos traga um Futuro de Bem-Estar e Solidariedade!
José Carlos Albino
- Dirigente da ANIMAR –
zeca.albino@gmail.com

Estórias da minha Terra - final -

Com a publicação do folhetim 14, acabei a Crónica, em bruto, que sairá nos Cadernos Culturais de Messejana(Misericórdia)na Sta. Maria, a 15 de Agosto.Assim, por aqui me fico, á espera de contributos afirmativos ou interrogativos que enrriqueçam o conhecimento do passado recente na Freguesia de Messejana.
Será possível que inicie uns Escritos sobre Casos e Aventuras vividas em Messejana nos últimos 30 anos. o tempo o dirá?! Serão opinações sobre as gentes desta linda Terra, que vão fazendo o seu Futuro!
Até breve!
Abraços Solidário!
Zé Carlos
Messejana.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

OS POLÍTICOS...

O Mal-Dizer aos Políticos

Uma conversa acalorada com um conterrâneo, fez-me obrigar a abrir-me sobre essa matéria fundamental que é os Políticos e a Política. Parto do principio de que a grande maioria dos Portugueses considera que os Políticos são o enorme mal do País, para além de serem todos corruptos. Ideias…não por acaso…nem ingénuas…!
Os Mandantes deste País, a constelação dos “ Chefes Económicos e Sociais” que estão acima da Política, têm como objectivo principal denegrir aqueles que são a Face do Poder, ou seja, os Políticos e Governantes; esta táctica, levou o Berlusconi a conjugar os Poderes, com alguma apatia da Sociedade Civil, e ser o Empresário-Político!
Este estratagema, amparado pelo poder na Comunicação Social, tem tido êxito, com matizes muito diversas, na nossa Aldeia Global e, até, neste cantinho á beira mar plantado; aqui, a “jogada” é dar porrada nos Políticos com Poder, para que a governação seja frouxa e, assim, “Eles” possam ditar as direcções e os métodos.
E o Povo, e algumas ditas elites, consomem desta receita, sem incómodo e fazendo coro na denúncia dos Governantes . A não ser que se encontre uma solução na lógica “Bernuscoliana”, que garanta que os Mandantes ordenem os Governantes e tenham com eles cumplicidades obrigatórias.
Por isto, quando há Governantes que não são sempre “ a voz do Dono “ , gera-se uma anomalia que necessita ser normalizada, o que obriga a “ tocar a rebate “ e excomungar os POLÍTICOS fora da norma; eles andam por aí…!
Numa “cruzada” pela dignificação da Política, afirmo, com as forças e capacidades que arranjo, que o Exercício do Poder pode ser realizado com dedicação e profissionalismo e que o ar que Portugal precisa tem que ter a Política na Linha da Frente!
Pela Dignificação da Política, exerço, o melhor que sei, uma Cidadania Activa por onde ando e existo e recomendo a receita, de forma diversificada, a todos os que acreditam que, um dia, o Sol nascerá para Todos!
Isto não é poesia, é só uma ideia para ter na cabeça!
Abraços Solidários!
Zé Carlos
Messejana.

domingo, 17 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 14 -

vintena de Jovens de mais de dez Países passaram cá um ano ajudando a animar o dinamismo Juvenil, por via da Esdime, que, entretanto, passou a ter Instalações próprias em Ferreira do Alentejo( Casa do S@ber Mais) e em Castro Verde( Centro de Recursos).

Ao nível social, a vida na Freguesia manteve-se estabilizada, com uma retracção nos consumos de lazer e convívio, o que não impede uma actividade social activa nas rotinas da vida.
Estamos no hoje. A vida continua a rodar, com desafios por vencer, e com uma estabilidade razoável na vida do dia a dia, confrontados com a necessidade da Valorização da Vila e Freguesia, num ano cheio de Eleições, nomeadamente ao nível da Câmara e da Junta. Agora é VIVER!




6.Em jeito de CONCLUSÃO

Chegado a este ponto sou obrigado a reconhecer que diversos foram os erros e omissões que terei cometido, possivelmente sobre assuntos importantes. Obviamente que foram involuntários e que os pontos de vista explanados são discutíveis e sujeitos a novas interpretações.
Todavia, não ficaria de bem comigo, se não tentasse fazer uma Síntese sobre estes alucinantes cinquenta longos anos; é tarefa arriscada, mas é uma Prática que tenho seguido ao longo da vida, porque só no risco descobriremos a direcção a seguir! Vamos, então, à síntese possível.

Estes cinquenta anos tiveram várias etapas, em que, em cada uma, sobressai Factos Relevantes. A primeira etapa, é marcada pela Mecanização Agrícola, que levou á pobreza, ao abandono da sua Terra e à procura de que soluções de trabalho aparecessem. A segunda, é marcada pela criação da FORMA, fábrica que durante vinte anos assegurou dezenas de trabalhadores, tendo chegado a perto da centena. A terceira, prende-se com uma Junta de Freguesia que se assumiu como Empresa de Obras Públicas na Zona, com o assegurar de várias dezenas de postos de trabalho. A terceira, tem a ver com o 25 de Abril que alterou marcadamente a Sociedade Messejanense e trouxe novos poderes à frente da Comunidade. A quarta, prende-se com o PROJECTO de Desenvolvimento, que criou a Esdime e mudou a cultura das Pessoas, principalmente das Mulheres. A quinta e última, corresponde ao Novo Poder na Junta de Freguesia, depois de quase trinta anos do mesmo Presidente da Junta.
Por aqui me fico, na esperança que esta Crónica possa ser factor de esclarecimento e de debate que ilumine as Linhas do Futuro!

José Carlos Albino
Messejana , Maio de 2009.

Nós por Cá...!

Nos Por Cá, BOA FESTA !
Ontem á conta do 1º Aniversário da infante Maria, tivemos aqui uma Boa Festa, que inaugurou a Nova Casa, toda em terra, da Natália ( Catalã que assentou pela Esdime e por Messejana ) e do João Pedro ( sócio da já referida “ Ervilha Maravilha” ); uma boa quarentena de convivas, provindos de diversos Locais que, aquecidos por umas belas Sardinhas, confraternizaram de forma cruzada.
A Maria, rainha da Festa, esteve, como sempre, bem disposta e sociável; as crianças eram poucas, mas nos adultos ia dos vinte aos sessenta em comunhão inter-geracional. A Festa que começou pelas duas da tarde, com visitas á casa, ainda em bruto, continuou até á neia-noite com as línguas mais soltas.
São estes momentos que dão razão de ser á Vida! A Festa e o Convívio são alimentos indispensáveis a uma Vida cheia e motivante. Para mim, foi um alargar de conhecimentos, que espero vir a desenvolver.
Agora, virando a página, falar-vos do Novo Jornal Diário – o “I” -, que nos trouxe uma lufada de ar fresco ao pobre Jornalismo Português. Experimente!
Abraços Solidários!
Zé Carlos
Messejana

sábado, 16 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 13 -

um novo modo de vida ganhou lugar. Quanto a obras há que referir o Arranjo das Entradas da Vila, novas e atraentes Placas das Ruas, novos caminhos e ruas asfaltadas, a nova Igreja da Aldeia dos Elvas e manutenção das ruas e praças da Vila. No que respeita a Actividade Económica abriram ou remodelaram-se Oficinas, passámos a contar com um Restaurante, um Gabinete de Contabilidade e Agência de Seguros, nova Pastelaria, Cabeleireira, Loja de Roupas, remodeladas Salsicharias, um novo Bar e com as empresas constituídas nos últimos dez anos a manter-se em actividade e activas. Quanto a vida Associativa temos a Misericórdia pleno em funcionamento (Lar, Centro de Dia, Apoio Domiciliário e Atl) com dezenas depostos de trabalho, a Esdime com nova amplitude e nova liderança, a Engenho e Arte com o Infantário a abarrotar e com actividades de Animação, o G.D.M. a cumprir os mínimos, o MARM a manter o Atletismo vivo e com resultados positivos, o Grupo da Igreja activo e com iniciativas, o Grupo Musical “Cantes da Planície” com regular actuação, os”Veteranos” do futebol a animarem-se aos domingos e as Comissões de Festas a cumprirem com as Iniciativas Principais. Quanto a Animação Cultural poderemos considerar que o realizado foi pouco, para uma vida cultural e cívica activa e atraente.

No que consta ao Modo de Vida, várias coisas mudaram, para o bem e para o mal. Houve uma confrontação entre novos e velhos Grupos Sociais, que, tendo agitado as águas a níveis demasiado elevados, criou uma certa instabilidade social; mas, estaríamos a ter que viver as voltas que as vidas deram aos que continuaram a cá viver, mesmo que tal tivesse originado conflitualidades demasiadas. As coisas, como tudo, vieram a acalmar, embora com ressentimentos mútuos. A vida nocturna já tinha tido melhores dias; em geral, a vida de consumo teve uma diminuição ligeira, tendo as Pessoas ficado mais agarradas ás suas Casas. Um tempo mais calmo e com novos hábitos assentava.

Entrando nos últimos cinco anos, felizmente, novas vivências foram vividas. O Joaquim Gonçalves foi reeleito para novo mandato e novas actividades foram realizadas, não obstante o muito que há a fazer! Recuperou-se a Praça Pública, arranjou-se as ruas da parte central da Vila, alargou-se e arranjou-se o Cemitério, construísse a Zona Industrial , fez-se nova sinalização na freguesia, construísse a Casa Mortuária, novos arranjos foram feitos e deu-se luz á Ermida de Nª. Sra. da Assunção.
Mas, a vida é mais larga. Com novas saídas da Terra, nomeadamente de Jovens e agora com um fluxo para Inglaterra, a vida económica não parou; todas as actividades continuaram e algumas aumentaram a sua actividade; e, agora, me lembro que não evidenciei a criação, no início da década, do Mercado Grossista que quinzenalmente anima os fim de semana. Mas falar, agora, de duas empresas aqui criadas e desenvolvidas que tiveram origem em Jovens adultos provindos de Lisboa; a primeira, a NaturNatus, nasce duma neta da Vila - os Góis-, e realiza uma actividade Artesanal e Artística de produtos de decoração, com nome a nível nacional; a segunda nasce de dois Jovens, já experimentados, que montaram uma empresa de produção Audio-Visual- a “Ervilha Maravilha”- que vai dando os primeiros passos na região.
No Associativismo mantiveram-se as actividades já referidas, tendo nos últimos anos havido um renascer do Messejanense e o já anunciado Infantário nas velhas Escolas; neste domínio, podemos referir as Iniciativas que foram desencadeadas pelos dois Frades que durante três anos providenciaram inúmeras Actividades Religiosas e Acções Culturais, tendo mobilizado um número considerável de Pessoas, particularmente Jovens; estes Franciscanos, José António e Victor, deixaram marcas ainda presentes.
Ainda há que referir as muitas Visitas Colectivas de grupos nacionais e estrangeiros

A Mudança de MST

A Mudança de Miguel Sousa Tavares

Desde há muito que sou Leitor assíduo dos Artigos de Opinião de MST. Gostando dalgumas coisas, normalmente ficava mal disposto pelo seu lado irrascível, descompremetido e 100% certeiro.
Há cinco semanas que notei que a postura de MST tinha mudado, para melhor! Por via do Expresso expressei-lhe esta opinião, a qual mereceu resposta pronta de satisfação. Hoje, ao ler o seu Artigo, confirmei que a Mudança é para ficar, o que muito me agrada.
Mas qual é a Mudança? Direi, de forma simples, que MST passou a colocar-se por dento dos Problemas, opinando com ponderação, sentido da responsabilidade e sugerindo para todos os que fazem parte dos Problemas; quanto a mim, é uma Mudança Radical, que recomendo a Todos!
De facto, os Problemas com que nos defrontamos hoje são de grande complexidade e exigindo direcções devidamente fundamentadas; não nos podemos queixar de falta de informação e de Ciências que contribuem para o conhecimento. Isto exige envolvimento e responsqabilidade.
Que esta “revolução” no pensar e actuar, se generalize e ganhe pernas, são os meus votos! De facto, sem Cidadania redobrada e melhor Empreendedorismo nada será resolvido.
Pela Cidadania, cá vou indo!
Abraços Solidários!
Zé Carlos
Messejana

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 12 -

com uma maior relação com o exterior, na região, com o País e com o Mundo, onde a Televisão ganhou um papel dominante na formulação das ideias e sonhos da esmagadora maioria das gerações e cidadãos que fazem Messejana.
De relevar, que desde o início do Projecto a Vila de Messejana apareceu várias vezes na Televisão e em Jornais regionais e nacionais, não por crimes , mas por boas razões, o que mais projectou o conhecimento da “ Praia “.
Neste final de capítulo, voltar a Aldeia dos Elvas. Gente activa na Agricultura, uma Padaria, uma Taberna transformada em restaurante (muito visitado, nomeadamente por Caçadores), uma Salsicharia com postos de trabalho, Vendedores diversos e as várias dezenas que lá habitam, sem esquecer os que a têm no coração, fizeram com que a Comunidade se mantivesse, de alma redobrada, mostrada anualmente nas suas Festas!


5.A Primeira DÉCADA do Século XXI

E nem já nos lembramos que passámos de Século e de Milénio. Para muitos de nós era Algo que continha um certo mistério e de relevação; não só as histórias do fim do mundo, mas qualquer ideia de Mudança e de Novo Caminho! Hoje, diremos que foi um Mudar de Página, como acontece ano a ano ou década a década, sem Ovnis, nem Catástrofes Globais.
Mas aterrando em Messejana, direi que, de facto, foram anos de efectivas mudanças na vida política, social, económica e cultural da nossa Freguesia. Logo nos inícios da década ocorreu uma mudança no Partido no Poder da Junta de Freguesia, com o PS como Maioritário e o Sr. Joaquim Gonçalves como Presidente. Depois de quase trinta anos do mesmo Presidente, sendo o Sr. Manuel Ruas uma pessoa com um Poder muito individual e autónomo, novas posturas foram implantadas.
Depois dos primeiros tempos de forte combate entre o Novo Poder e Nova Oposição, principalmente devido á prestação de contas sobre mais de vinte anos de Gestão do mesmo Executivo, as novas realidades e atitudes foram impondo-se e os cidadãos adaptaram-se ao novo tipo de relações estabelecidas e praticadas.
Mas nestes anos de arranque da década, muitas Coisas foram feitas ou consolidadas e um novo modo de vida ganhou lugar. Quanto a obras há que referir o Arranjo das Entradas da Vila, novas e atraentes Placas das Ruas, novos caminhos e ruas asfaltada

Amizades!

OS AMIGOS NOS 50 !
Isto de falar de AMIZADE é coisa levada da breca! Porque a coisa em si é complexa e, também, porque tem um uso muito diversificado e vulgarizado.
Ao longo da vida, desde muito cedo, o ter Amigos foi algo que me atraía por completo e o que me fez ganhar terreno foram os meus manos mais velhos. Em casa desde pequeno, tinha uns Amigos naturais, que já tinham Amigos.
Mas ao viver a vida, fui entendendo e praticando a Amizade de maneiras com pesos diferentes; em termos quantitativos direi que o peso foi aumentando. De facto, os anos acumulados vão fazendo ganhar maior ponderação e relativizando os tempos e espaços em que se constróiem as Amizades.
Hoje, sinto que o fundamental é a vibração regular que alguém nos provoca; não interessa tanto os tempos e espaços, mas, principalmente, os sentimentos que se cruzam nas nossas cabeças e corações com traços profundos. Direi, de forma simples, que a qualidade vence a quantidade!
A verdade é que se tornam mais actuantes e influentes na nossa Vida, mesmo que sejam mais escassas nas vivências percorridas e nos tempos consumidos; as nossas escolhas são mais exigentes e temperadas, sobressaíndo as faltas que sentimos!
Antes, como hoje, os Amigos e as relações com eles vividas, são peças fundamentais na forma como a Vida vai correndo, plena de tristezas e alegrias que nos vão dando sentido á Vida!
Por aqui me fico, afirmando que com 55 anos conto com um valente punhado de amigas e amigos, que me vão confortando nas lides da Vida!
Abraços Solidários!
Zé Carlos
Messejana

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Internamento - 5 - Hosp. de Serpa

A estadia no Hospital São Paulo de Serpa
Para abrir dizer que foram os tempos mais duros nestes meus Internamentos. Não se prende directamente com os cuidados de saúde que lá tive, mas com a fase em que, do ponto de vista psico-somático, eu bati no fundo!
Mas vamos a Factos. A razão da minha ida para Serpa, foi o facto de aí ter Fisioterapia diária, o que levaria á minha recuperação; nada disso aconteceu! Eu ir á Fisioterapia ia…mas sinais de qualquer evolução da minha Perna não se viam. As dores e mau-estar aumentavam e eu não via a luz ao fundo do túnel; vegetava!
A minha relação com as Auxiliares, Enfermeiras e Doutores, foi marcada pela constatação que não me tiravam o sofrimento, o que atrapalhou a vivência com os diversos profissionais que me acudiam; de referir, que as respostas ás minhas chamadas eram tardias e, por vezes, conflituosas.
No Quarto de duas Camas, tive vários companheiros, de que sobressai o meu conterrâneo Xico. Mas o 1º. era um velho rico, que fazia questão de mostrar que tinha péssimo feitio; tinha uma Esposa e Filha que tinham uma santa paciência para o aturar. O silêncio total era a sua forma de estar, de preferência com a cabeça tapada; os contactos eram nulos!
Com qualquer dos outros três havia relação e algum companheirismo. Antes de falar no compadre, relevar o colega de Serpa, que era simpático e com uma família excelente; era uma presença diária reconfortante, pela disponibilidade e alegria que transportavam. Um outro, da Serra de Serpa, era um campónio á moda antiga, que na sua calma fazia companhia; quase todos os dias aparecia o Irmão mais novo, que, por você, o sossegava sobre a sua actividade Agro-Pecuária e o presenteava com Coisas caseiras. Quanto ao meu Conterrâneo Xico as conversas aconteciam regularmente com boa disposição, não obstante os momentos de choro, á conta do seu futuro. As suas visitas, também conhecidas, eram a sobrinha e seu marido, trabalhando em Beja, e outro sobrinho que vinha de Messejana e trazia novas da Vila; pessoas que me envolviam nas suas visitas, o que era um conforto para o meu isolamento!
Mas eu , também, tinha Visitas! A mais regular era do meu Amigo Mário Trigo que, vivendo em Serpa e conhecendo os meandros do hospital, me trazia alento, coragem e mimos á sua maneira; foi uma boa companhia! Falar, agora, do conterrâneo que vive numa Freguesia de Serpa e é longinquo descendente do Mestre Zé Almada Negreiros; era uma visita de quando em vez, sempre agradável e amiga do Almada, onde falávamos de Pessoas e Coisas da Terra. Esquecia-me dos Amigos David e Mena, vivendo em Serpa e das lides do Desenvolvimento Local no Alentejo, que várias vezes estiveram comigo a dar-me força para encontrar um caminho de saída da vegetação, que presenciavam. Depois houve as Visitas esporádicas, de Familiares e Amigos de Messejana e Lisboa, que constituíam momentos de grande intensidade, feitos de alegrias e saudades da vida passada a duas Pernas!
Mas nestas Visitas havia uma sensação comum sobre mim: eu não falava e estava na merda! Isto foi notório numa visita dum quarteto de Messejana, em que se lia nos olhos o desapontamento face ao meu estado. …é a Vida!
Voltando aos interiores do Hospital, salientar o trauma que era ir, sem ajuda, até á Sala de Refeições, onde deparava com um mau estar generalizado e a obrigação de engolir qualquer coisa; e falar da Dra. Preta que ao ver-me gemer de dores, dava-me lições de moral de pacote. As Enfermeiras e o Enfermeiro-Chefe aturavam-me e tentavam cuidar de mim, não obstante as falas conflituosas, derivadas do excessivo exercício do Poder das nossas tratadoras; e, agora, falar do Dr. Psicólogo que ou não percebia do assunto, ou eu não era doente para aturar Psicólogos. Quanto ás, fundamentais, Auxiliares dizer que apanhei de tudo, até uma malcriada descarada e algumas compreensíveis.
Quanto á Fisioterapia, razão da minha estadia por essas paragens, referir que me passou ao lado, independentemente da atenção da Fisiatra e Terapeutas; pode não ser verdade, mas, para mim, saí de lá como entrei e não progredi na visualização dum futuro normalizado!
Foram meses sofridos, onde, apesar de tudo, deixei saudades a uma meia-dúzia…! Acabo com a referência da Morte do Compadre Xico, passados uns meses mais tarde, que me lembrou que a Morte é a coisa mais certa que temos na Vida!
Até Sta. Maria e bons momentos de vida Vivida!
Abraços Solidários!
Zé Calos.
Messejana

terça-feira, 12 de maio de 2009

Estórias da minha Terra . 11 -

Turismo Rural da Aguentinha, as renovadas actividades do GDM, a criação duma nova colectividade - o NARM- que deu seguimento e força ao Atletismo que vinha a ser praticado; a criação da Associação “Engenho e Arte” que, filha da Esdime, assegurou o Infantário - a Toca do Capi – e tem tentado realizar acções em prol da Valorização de Messejana; a criação do Museu Etnográfico ( em Casa doada pelo Arq. Henrique Albino); as várias Comissões de Festas que animaram os momentos de Lazer da População e os movimentos de alguns Jovens, que tentavam remar contra a maré, feita de ir esperando.
Neste desenrolar de factos, não podemos esquecer a melhoria das condições de vida que se foi vivendo nas Casas Familiares, uma nova emigração para o Algarve e Suissa continuaram á procura de melhores rendimentos e afazeres, a remodelação ou criação de novos bares, novas pastelarias e pequenas e remodeladas oficinas e actividades novas de novos e velhos habitantes da Vila, foram acontecendo.
Nestas referências esquecemos a criação da CONSDEP e seu desenvolvimento, que desde o início de 90 veio criando dezenas de postos de trabalho com Pessoas da nossa Terra e que hoje é considerada a maior empresa de Obras Públicas no Baixo Alentejo. A importância do Lar, Centro de Dia, o Apoio Domiciliário e o A.T. L., geridos pela Misericórdia, é grande, quer no que respeita a postos de trabalho, quer quanto á criação de condições para os muitos que da Terra ou zonas vizinhas, precisam de Apoio na Velhice. Também nesta década, por via de conhecimentos do autor, chegou á Terra o Sr. João Lopes, o qual montou diversas empresas, do Restauro à Publicidade, que nos finalmentes acabaram por fechar.
Embora seja uma apreciação subjectiva, considero que por estes anos se revelaram as divisões sobre o percurso que a Freguesia devia seguir, o que levou á afirmação de Grupos adversos e conflituantes. As Festas de Sta. Maria foram acontecendo, com altos e baixos e sem inovações. A vida foi ocorrendo, com uma melhoria das condições de vida da maioria da População, o que criou o nascimento de novos grupos sociais que se foram confrontando e cooperando na vida da Freguesia, criando novas fronteiras entre os agentes que fazem viver os habitantes da Terra.
No final da década, quanto a Obras as iniciativas foram diminutas e podemos dizer que foi um período de estabilização e germinação de novas atitudes. Começou a haver novas relações entre os juvenis e jovens, principalmente no que respeita á forma de estar entre as moças e moços. Foi-se vivendo com algum activismo a Vida da Terra, com uma maior relação com o exterior, na região, com o País e com o Mundo,

Estórias da minha Terra - 10 -

iniciou, tendo como destino a Suissa. De salientar que a COZUL foi pioneira na resposta de Desempregados da Forma, com a criação duma Sociedade não-familiar.
Nesta referência ao Projecto que ganhou pernas na região e no País, com projectos semelhantes e com uma acção permanente e continuada da Esdime nos vários Concelhos vizinhos e um pouco por todo o Alentejo; nessa altura já Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste.


3. Os Anos NOVENTA

Começamos pela continuidade da Presidência da Junta, entregue ao Manuel Ruas, que ia convencendo a População que era a única saída em condições para guiar os destinos da Freguesia, e que nessa altura providenciou algumas obras de assinalar. Já eram quase vinte anos de estar no poder local, o que evidenciou a falta de alternativas no seio do PCP.
Nestes anos, de inicio, várias foram as Obras que marcaram a Vida da Vila; concluiu-se o Pavilhão Desportivo, as obras no edifício para o Lar, finalmente respondendo aos desejos do Doador( Sr. Zé Duarte Albino) , avançaram e levaram á sua abertura; no domínio particular construiu-se um Conjunto de Apartamentos e Ginásio, refundou-se uma Casa Antiga para Café e Snack-Bar e várias “fabriquetas” povoaram a Freguesia. Fazer uma especial referência á Ampliação e Arranjos da Praça de Touros, tendo em conta a tradição Taurina da Freguesia e o facto de a obra ter permitido que os Cartéis passassem a contar com os Artistas de maior renome na Tauromaquia nacional.
É um facto que várias iniciativas viveram a sua morte, várias vão funcionando, mas, para mim, nada ficou na mesma, pois a esmagadora maioria dos Formandos encontraram o seu caminho de vida; mais á frente veremos as Actividades, que por arrasto, vieram a avançar. Saliente-se, ainda, a evolução da Esdime que atingiu 30 Postos de Trabalho (25 Licenciados) e prestou Apoio a centenas de Empresas e Associações da Zona, em vários milhões de euros.
No entretanto damos conta que várias coisas ficaram esquecidas; a construção do Turismo Rural da Aguentinha, as renovadas actividades do GDM, a criação duma nova colectividade - o NARM- que deu seguimento e força ao Atletismo que vinha a se

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fora de horas

Á conta da procura no " ABSORTO ", ainda acordado.
Mas, vamos á deita!
bom sono....
Abraços!
Zé Carlos
bicadaquatru.blogspot.com
Messejana

Eleições Europeias

NÒS e a União EUROPEIA

Vivendo nós nos nossos cantinhos, Aldeias, Vilas ou Cidades, somos levados a pensar que a EUROPA fica longe e o que interessa é o País e as nossas Terras. Nada de mais enganoso! Hoje mais de sessenta por cento das decisões que condicionam a nossa Vida, são tomadas pela União Europeia,
quer em Bruxelas pela Comissão e Conselho, quer em Estrasburgo no Parlamento Europeu.
Significa isto que as Eleições Europeias não envolve coisas distantes e de pouca importância, antes poderão ter uma enorme importância no Nosso Futuro! De facto, em Junho somos chamados a dizer que EUROPA queremos, quer no seu seio de que fazemos parte, quer no desenvolvimento da Cena Global. Por isto, um forte apelo á participação massiva das Pessoas nas Eleições Europeias, do próximo 7 de Junho.
Referirei agora algumas Matérias que, a meu ver, estão em causa no futuro próximo da União Europeia. Começo pela Reforma da PAC ( Politica Agrícola Comum), pois porque mais não fosse é a grande consumidora do Orçamento Europeu; mas o que está em causa é o efectivo contributo que a Pac terá ou não no Desenvolvimento Rural das Zonas mais abandonadas no conjunto da Europa, facto que até hoje não aconteceu. Ligada a esta questão temos a matéria do Desenvolvimento Regional, que nunca foi plenamente levada a sério e que multiplicou as desigualdades Territoriais em todo o Espaço Europeu.
Mas não podemos esquecer a necessidade de reforçar os impulsos que o Sul da Europa necessita, para reforço da Coesão Territorial; sem deixar de lado as indispensáveis Politicas Sociais e de dinamização da Cidadania, que são fulcrais para uma Europa Unida. E, ao falarmos de unidade, salta aos olhos a importância para o Mundo, dum reforço do Papel da União Europeia e o seu Modelo Social no quadro dos enormes Desafios Globais que temos pela frente.
Não serão estas matérias suficientes para que nos mobilizemos para uma participação activa na Campanha Eleitoral que já está na rua? Penso que sim, principalmente pela necessidade de reforço das atribuições e funções do Parlamento Europeu!
Por tudo isto, não fique em casa no próximo 7 de Junho!
PARTICIPE !

José Carlos Albino
- Consultor e Dirigente Associativo –
zeca.albino@gmail.com

Estórias da minha Terra - 9 -

Agora aproveitamos a oportunidade, para falar de Aldeia dos Elvas, enquanto única
Aldeia da Freguesia e que chegou a ter a sobrevivência em causa, tal como os grandes Montes que muitos vieram a ser abandonados e ruíram. A Aldeia para além da Agro-Pecuária que dava trabalho á maioria, tinha uma Taberna e um elevado grau de envelhecimento e de abandono dos Jovens. Mas está viva! À Aldeia voltaremos.
E o Projecto foi Aprovado e o referido filho da terra, que é o autor destas linhas, veio de malas aviadas e assentou praça em Messejana, depois de já ter passado semanas durante seis meses em trabalhos preparatórios e no relançar o Lagar da Família pelos quatro Irmãos. Foi um certo “ tremor de terra “ que abalou a Comunidade Messejanense, pois aconteceu a chegada de dezenas de pessoas que vieram dirigir e realizar o Projecto e em Setembro de 88 uma centena de desempregados, dos 18 aos cinquentas, iniciaram a sua Formação global em oito Grupos que tinham diversas especialidades, espalhando-se pela Vila nas Salas de Aulas e nos Atelies e Oficinas diversas que tinham sido “inventados” e criados, o qual contou desde o início com o Apoio total da Junta de Freguesia. Fiquemos, agora, com uns Versos da nossa Poeta Olíva David :
O José Carlos Albino
Está no seu fim principal
De traçar melhor destino
Á nossa terra Natal.

Cá na minha opinião
Há luz no nosso caminho
Aberta por tua mão
O José Carlos Albino.

Outras gentes estão ao lado
No projecto afinal
Em Messejana formado
Está no seu fim principal.

De criar muitas raízes
Nesse seu sonho divino
De trazer dias felizes
De traçar melhor destino.

Aqui vos deixo no rasto
Do nosso cante coral
Traduzindo mais um voto
À nossa terra natal.

( Messejana, 1 de Agosto de 1988 – in: “Poetas da minha Terra”, Ag. 1989 )

Foram dois anos de novas situações e formas de vida, vividas por centenas de Famílias, em que se projectaram dezenas de micro-empresas e que se constituiu a ESDIME, Empresa de Messejana para o Desenvolvimento Integrado, CRL. Nestes finais dos anos oitenta e arranque dos noventa procedeu-se a uma mudança na cultura das Pessoas e criaram-se novos Negócios pela mão dos Formandos do Projecto; a título de exemplo nomear os mais inovadores: a Empresa de Restauro, a Unidade de Artes Gráficas, uma Pastelaria, outra de Estofos e Decoração e um quase Restaurante; uma nova etapa foi lançada na Vida da Freguesia, com o LAR a dar os primeiros passos, o ATL, o MUSEU e o INFANTÀRIO a serem projectados, com novos comércios e um suster da emigração. Todavia, uma nova emigração se iniciou, tendo como destino a Suissa. De salientar que a COZUL foi pioneira na resposta de Desempregados da Forma, com a criação duma Sociedade não-familiar.

domingo, 10 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 8 -

para o Alentejo, foi-se passando a corda para os Anos Oitenta. È altura para dizer que desde o 25 de Abril a Câmara de Aljustrel foi sempre dominada pelo PCP até aos dias de hoje, tendo pautado a sua actuação numa concentração de investimentos na Sede de Concelho e num deixa andar nas Freguesias Rurais, nomeadamente face a Messejana, enquanto Vila com o melhor Património do Concelho. A título de exemplo, comparamos a permanente preocupação e acções reivindicativas perante os destinos das “ Pirites Alentejanas” nacionalizadas, com a ausência total de intervenção aquando do encerramento da Fábrica de Messejana que, em muito, sustentava uma Freguesia.

3. Os Anos OITENTA

Como todos sabem, a Vida não está fraccionada em datas precisas, pois andamos mesmo ao correr do tempo e são episódios sem data que vão fazendo o sentido da história. Significa isto que os anos oitenta foram tempos de altos e baixos, na continuidade duma vida sofrível e expectante de novas coisas que acalentem algo de Melhor!
Quanto às movimentações que ocorreram nestes anos vamos, em primeiro lugar, falar dos modos de vida que foram mudando os comportamentos e condições na vida do dia a dia; o automóvel passou a ser um transporte possuído por dezenas de famílias, que estava ao dispor de voltas colectivas; os electrodomésticos passaram a estar na maioria das casas dos Messejanenses; o comercio aumentou e melhorou, em mercearias, cafés e lojas; foi criado o Grupo Coral com condições; os hábitos dos Jovens mudaram, muito influenciados pelas relações com o mar, quer a sul, quer a oeste, e a influencia dos novos e generalizados meios de comunicação, em que a TV está em primeiro lugar.
Mas dissemos de inicio que esta década foi feita de altos e baixos, pelo que temos que os identificar. À partida temos o apogeu e a queda da Forma, que de quase cem trabalhadores foi em finais de 87 à Falência; este percurso da Forma em muito marcou esta década, que após a falência fez Messejana bater no fundo, com muitas descrenças e fatalismos. Assim, temos um final de década muito sombrio, após anos de melhoria das condições de vida da maioria da População da Freguesia. De afirmar, que as Actividades Agro-Pecuárias continuaram o seu caminho, com menor peso no Emprego, mas mantendo o sector vivo. Todavia, no final da década tivemos o Saneamento Básico e Água Potável.
Por acaso do destino, nesse terrível ano, um filho da Terra trabalhando numa Federação de Cooperativas em Lisboa concebia e negociava em Bruxelas um Projecto Experimental de Formação que seria testado em Messejana a partir de 88; de referir que esta escolha se deveu à aproximação do Autor á sua Vila nos últimos dois anos, para além de ter os requisitos exigidos pelo Projecto. Neste quadro, num momento muito baixo, apenas disfarçado pelos Programas Ocupacionais, surgiu um Projecto que anunciava o Desenvolvimento Comunitário de Messejana e freguesias vizinhas. É assunto a que voltaremos, tendo em conta a influência que veio a ter na região.
Agora aproveitamos a oportunidade, para falar de Aldeia dos Elvas, enquanto única
Aldeia da Freguesia e que chegou a ter a sobrevivência em causa, tal como os grandes Montes que muitos vieram a ser abandonados e ruíram. A Aldeia para

Fim de Semana com a Filha Mariana

Já tinham passado semanas sem estar com a minha Filha Mariana, que vai estando por Sagres e Lagos com a Mãe.
Como sempre, foi reconfertante e feliz; estivemos na forma da nossa relação, que é calma e feita de ir estando!
No meio destes dias estive numa Jornada da Candidatuba de Nelson Brito a Presidente da Câmara de Aljustrel, que correu conforme o previsto; saliento o lançamento dos "Outdors" da JS Local que dizem: BASTA!.
Nestes dias, também, deu para conhecer o Novo Jornal "I", que diáriamente vai estar nas bancas; é um Produto completamente difernte da Concorrência, que vou experimentar, e que aos sábados vai ter uma Revista durante 50 nºs. dedicada a "nós" Portugueses( a 01 é sobre nós Românticos ).
Voltei a aderir ao Artigo de Miguel Sousa Tavares, o já motivou uma troca de Mails entre nós...!
Com a Filha por companhia, a visão de Ténis,Snooker e Futebol e umas pequenas voltas pela Vila, foi um Fim de Semana que recarregou as baterias!
Boa Semana!
Abraços Solidários!
Zé Carlos.
Messejana

sábado, 9 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 7 -

Quanto à UCP ( Unidade Colectiva de Produção ) que geria as terras ocupadas, teve vida curta devido ás dificuldades de organização que assegurasse trabalho rentável para todos o que tinham entrado na Cooperativa; quanto a esta realidade não consigo deixar de vos deixar com o Poema criado pelo nosso Poeta Popular António Faria:
Adeus Reforma Agrátia
Adeus Reforma Agrária
Andas mal governada
Por tantos erros ter havido
Isto assim não é nada.


Com os ataques dos fascistas
Grande crise estás a passar

Adeus Reforma Agrária
Andas mal governada
Por tantos erros ter havido
Isto assim não é nada.


Com os ataques dos fascistas
Grande crise estás a passar
De pouco a pouco a estragar
Perdendo algumas conquistas;
Essas forças terroristas
Atacam a Classe Operária;
E a direita reaccionária
Deseja-te ver perdida
E por andares mal dirigida
Adeus Reforma Agrária.

Fazes parte da Revolução
E no que Portugal está empenhado
Mas atrasos por todo o lado
Com os ataques da Reacção;
Há falta de compreensão
Vais-te vendo arruinada
Pois assim vais mal guiada
Vais por um mau destino
Vais andando sem domínio
Andas mal governada.

Por ninguém se entender
Está em perigo a colectividade
Por não haver cuidado
Isto é tudo para arder;
Todos estamos a ver
As conquistas que tens perdido
Por ninguém se ter unido
Para dar força à Democracia
Atrasas no dia-a-dia
Por tantos erros ter havido.

Alguns se estão a apresentar
Esses grandes oportunistas
São outros fascistas
Que se estão a amanhar;
Estão-te assim a estragar
Fazendo-te andar empenhada
Por tanto ser roubada
Agrária e cooperativas
E outras Unidades Colectivas
Isto assim não é nada.

António Faria
(pensado na cabeça em 76/77) 
Quanto à Agricultura do pós 25 de Abril há que salientar o novo Lavrador, Sr. Inácio, que assumiu um forte papel na Terra e na Zona envolvente, com muita terra de exploração e diversos postos de trabalho, sem esquecer novos e velhos pequenos e médios Agricultores, que foram garantido os rendimentos para as Famílias e alguns empregos e trabalhos temporários, baseando-se principalmente na Pecuária. Não seria justo ignorar a influência do Sr. Luís Santos Rosa, que vem do antes-25 de Abril, que como comerciante e agiota teve um negócio altamente rentável á conta dos Agricultores da Zona, sem esquecer o negócio do Lagar que explorou durante vinte anos.

Todavia, com a Fábrica a funcionar, a Junta a empregar muitas Pessoas e com as Actividades, novas e velhas, a darem trabalho aos habitantes de Messejana, conseguiu-se segurar a maioria da População e melhorar significativamente os níveis de vida dos habitantes, tendo quase saneado os fenómenos de pobreza que nas décadas anteriores eram significativos.
Nesta década manteve-se o Padre Serralheiro, já menos activo no que respeita a Obras, mas mantendo-se como o organizador das tradicionais Touradas de Sta. Maria; morreu o já referido Sr. Figueira, que no seu conservadorismo, não aguentou as mudanças realizadas; o Sr. Manuel Ruas continuou a ser o Presidente da Junta, que acumulou com responsabilidades de gestão na Forma; a vida corria numa normalidade sem grandes anomalias, com uma Juventude feita Adulta a modificar o modo de vida vigente!
Agora ou noutra altura tinha que relevar a importância da FORMA na vida de Messejana, do Baixo Alentejo e da Industria do Mobiliário. De facto, a Forma foi a maior Empresa do Baixo Alentejo, exceptuando as Minas da Aljustrel nacionalizadas, e uma referência no Mobiliário de Qualidade no todo nacional. Tivemos uma Empresa que segurou centenas em Messejana e notabilizou a Nossa Terra!
E com as turbulências que permaneceram no País e a ausência de Caminhos para o Alentejo, foi-se passando a corda para os Anos Oitenta. È altura para dizer que desde o 25 de Abril a Câmara de Aljustrel foi sempre dominada pelo PCP até aos dias de hoje, tendo pautado a sua

LIVROS para LER !

Como já disse, fui á Feira do Livro; com a carteira escassa e o cartão a não funcionar, só comprei três Livros com os vunte e tal euros que tinha no bolso.
E não é que acho que acertei na "muche"!
O 1º, é "Os Comediantes", de Graham Greene;pelas leituras da capa e das primeiras páginas espero uma leitura emocionante! A ver vamos...
O 2º, é "A Palavra Mágica", de Rui Zink; só o conheço por o ouvir na Televisão, com uma visão contraditóri. Mas seguindo as mesmas pisadas,gostei bastante da Nota do Autor e do Poema de Carlos Drumonond de Amdrade, que é um hino á Procura!
O 3º,"A Corte do Norte", de Agustina Bessa Luís, antes de mais tem uma Aguarela lindíssima de Ponta Delgada na capa;o expectante texto da contra-capa e a leitura de duas páginas, promete um Romance cheio de aventuras e bela Escrita!
Agora, é agarrar num, que deve ser "os Comediantes", e curtir umas boas Leituras que o computador tem posto de lado.
Boas Leituras, também de Jornais e Revistas!
Araços Solidários!
Zé Carlos.
Messejana

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 6 -

Com o 25 de Abril, pode-se dizer que quase tudo mudou! Esta verdade respeita principalmente aos primeiros anos da Revolução e da Vida Democrática, em que estremeceu as bases em que assentava a Terra e novas subidas e descidas ocorreram na vida social e económica de Messejana, como um todo! Também Aqui a tampa saltou, duma panela que estava fechada há muito tempo e que estava cheia de revoltas e aspirações.

Comecemos com as convulsões na Forma, onde fruto, de várias movimentações, a Fábrica viveu com diversas Formas de Gestão, em que a participação dos Trabalhadores foi constante; mas também não podemos esquecer o Papel que o ex-patrão Arq. Henrique Albino desempenhou para as boas e más soluções que atravessaram a Empresa de alto a baixo. De referir, que a Forma chegou a empregar perto de cem Trabalhadores, o que significava o ganha-pão de cerca da duas centenas de Famílias ( base alargada de sustentação da Vila ).
Durante esta época a Terra não perdeu muita População, embora uma nova emigração começasse a dar os primeiros passos; não podemos esquecer a influência da construção do Porto de Sines na oferta de trabalho que chegou até nós.
Mas, segundo relatos ouvidos, nos dois primeiros anos Pós 25 de Abril viveu-se em forte tensão social, entre os Grupos dominantes a 24 de Abril e Novos Protagonistas, provindos de grande parte do Povo e da Pequena Burguesia ascendente. Cenas de conflitos inflamados, nomeadamente com o aparecimento de armas de fogo, aconteceram em Messejana, que deixaram marcas fundas, ainda hoje, apesar de tudo, presentes na nossa sociedade.
Mas foram tantas as mudanças, que algumas ficarão no tinteiro. A abrir temos a Eleição, em Assembleia Popular, do Novo Executivo da Junta de Freguesia encabeçado pelo Sr. Manuel Ruas, do PCP ; temos a abertura do primeiro Café e Cervejaria, na Praça da Vila, e de seu nome Ruína; temos novas mercearias, lojas e comercio ambulante; temos a ocupação de terras no quadro da Reforma Agrária; contamos com a cooperativa de Confecções ( a Messelam); criou-se a Rádio Baeta; temos o fim da Casa do Povo e novo activismo do G. D. M.; passamos a contar com uma Junta de Freguesia com dezenas de Trabalhadores que asfaltaram a Vila e abriram novas estradas; arranjou-se uma Ambulância, fruto de angariações de fundos entre a População residente e vivendo na Grande Lisboa e, entre outras iniciativas, começou-se a idealizar um Lar, enquanto se via nascer o Serviço Nacional de Saúde através do criativo Dr. António Cardoso Ferreira e esposa, que aqui fizeram o seu tirocínio como Médicos.
Quanto à UCP ( Unidade Colectiva de Produção ) que geria as terras ocupadas, teve vida curta devido ás dificuldades de organização que assegurasse trabalho rentável para todos o que tinham entrado na Cooperativa; quanto a esta realidade não consigo deixar de vos deixar com o Poema criado pelo nosso Poeta Popular António Faria:que assentava a Terra e novas subidas e descidas ocorreram na vida social e

O Bom dos 50 !

Um título do "Público"-"É tao giro ter 50 anos"-, fez-me pensar em como via os meus 55 anos; abrindo a leitura do Artigo, vejo que se tratava dos 50 anos do automóvel MINI, que no seu tempo foi muito popular em todo o Mumdo.Todavia, até porque andei em vários Minis, achei por bem manter a ideia que me tinha entrado na cabeça e, assim, falar do que de bom tem ter 50 anos.
Á partida, considero que a maturidade da cabeça e do coração é a principal conquista; de facto, sinto que a minha capacidade de análise é mais sustentada do que quando era mais novo. Hoje considero que tenho maior capacidade de discernamento e avaliação de Pessoas e Factos, o que ajuda a perspectivar o futuro.
Por outro lado, acho que é bom ter relações mais maduras e selectivas; apura-se no saber que Amigos temos, sem esquecer os adversários e indeferentes. Em princípio, enganamo-nos menos e somos mais prudentes nas relações sociais, onde quer que estejamos.
Temos Filhos mais independentes e muitos já saboreiam o ser Avós; as relações são mais iguais e calmas, o que muito nos conforta! A Família descendente torna-se mais forte e sentimo-nos bem por ver os míudos a bater a asa por sua conta e risco.
Por ultimo, até ver,curtimos uma Calma sossegada, que nos dá uma paz de espirito, cheia de emoções mais leves e profundas.
Interpelo-vos a dizer de vossa justiça, pois as coisas negativas são diversas e mrcantes, nomeadamente ao nível do Físico e da Saúde.
Boas reflexões e melhores dias!
Abraços Solidários!
Zé Carlos.
Messejana

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Estórias da minha Terra -6 -

deremos dizer que nos finais dos 60 se vivia um ambiente positivo. Perspectivas de unidades comerciais eram pensadas e concretizadas.


1. A DÉCADA DE 70

Estes dez anos são atravessados a meio pela Revolução do 25 de Abril, o que aconselha a falar do Antes a do Depois. Sobre o Antes podemos dizer que houve uma continuidade nas vivências em sociedade, tendo-se agravado o surto de Jovens para a Guerra Colonial, principalmente na Guiné e em Moçambique.
Consideramos acertado referir que nesse período a população se manteve estabilizada, mas também há que dizer que, após o adormecimento da “ Primavera Marcelista “, um sentido de frustração andava no ar, particularmente nas Gerações mais Novas.




Consideramos acertado referir que nesse período a população se manteve estabilizada, mas também há que dizer que, após o adormecimento da “ Primavera Marcelista “, um sentido de frustração andava no ar, particularmente nas Gerações mais Novas.
Quanto às Escolas, esquecidas nas referências dos anos 60, manteve-se o Parque Escolar construído durante a Década anterior, que se considerava suficiente, mas esquecido no Concelho quanto a Ensino Secundário. Significa que se apostava no saber ler, escrever e fazer contas para a maioria e mais, só para uma elite minoritária. E, Agora, que falamos em Aulas, evidenciar o papel que as diversas e diversos Professores, tiveram na educação de centenas de alunos e na vida social e cultural da Terra, sendo vários de outras proveniências e culturas; este contributo foi sendo vivido, em conformidade com as épocas, ao longo destes 50 anos, com matizes muito diferenciadas.
Falando de Cultura há que reconhecer que a acção desenvolvida era diminuta e seleccionada, interrompida pelas Bibliotecas Ambulantes da Gulbenkian, alguns Concertos Corais, Teatradas e os já referidos Filmes, sem esquecer que foi nessa época que a Televisão se vulgarizou. Nesta referência não ficava de bem comigo se não falasse do Sr. Figueira que, no seu conservadorismo, divulgou a ideia de Cultura na sua Terra. Em síntese, direi que o “antes” não trouxe nada de muito novo e foi um “ponto morto”.
Com o 25 de Abril, pode-se dizer que quase tudo mudou! Esta verdade respeita principalmente aos primeiros anos da Revolução e da Vida Democrática, em que estremeceu as bases

Internamento - 4 -

A Estadia no LAR de Messejana



Chegado a casa, depois da Alta precipitada dos Doutores da Ortopedia de Beja, concluí que era impossível safar-me sózinho, pois a mobilidade era muito reduzida e as dores apertavam.

Foi-me proposto que fosse para o Lar da Terra, onde teria apoio durante as 24 horas do dia. Aceitei e fui internado no Lar, ficando no Quarto destinado aos Utentes em fase terminal, onde conhecia as diversas Auxiliares que lá trabalhavam; fui tratado com os cuidados normais, tendo amizade com algumas.

Com o Verão a queimar e com ataques de dor fortíssimos, fui penando com o conforto das mulheres presentes e com umas saídas para jantar fora com a ajuda da Madalena.
Para ilustrar a situação, referir que vivi as Festas Sta. Maria isolado, sem ter aceite a hipótese de ver a Tourada, de que sou fiel admirador. Ainda tentei abrir-me ás Pessoas, mas o silêncio já dominava o meu ser e estar; a capacidade de animação já estava no ponto zero e as perspectivas eram desanimadoras e frustantes.
Acenaram-me com a ida para o Hospital de Serpa, onde teria uma Fisioterapia adequada e o caminho para a recuperação; acreditei, porque não me era apresentada outra solução e pior era difícel.
A estadia no Lar foi complicada, pois o meu estado era taciturno e o Lar não tinha meios para me remediar o mau estado; a boa colaboração das Pessoas do Lar, do Provedor ás Auxiliares, não eram suficientes para o meu bem-estar e perspectivas de futuro andante.
Ao fim de mês e meio, já com saudades das minhas Ajudantes, lá parti para Serpa, com as promessas que, agora, é que as coisas iam andar prá Frente!
Com esperanças que novo ciclo seria aberto, aterrei no Hospital de São Paulo, na nóvel Cidade de Serpa.
Desta nova Etapa que, a seu tempo, direi desses sentires e vivências que me foram acompanhando, deixo-vos com o desafio de procurarem a medida do Tempo...!
Vidas Boas, qb. !
Araços!
Zé Carlos
Messejana

A moral ia baixando, com a tomada de consciência que estava metido num sarilho complicado e moroso; várias vezes fui parar ao Centro de Saúde de Aljustrel para atacar as dores mais insuportáveis.

Estórias da minha Terra - 5 -

Mas estávamos a esquecer aspectos importantes na vida da Vila; o que dizer dos cuidados de saúde, que estavam entregues nas mãos do Dr. Guisado que com a sua parcimónia tratava dos doentes o melhor possível, com as condições insuficientes da época, e em casos mais graves havia o mini-hospital de Aljustrel e em desespero havia Beja e os Hospitais Centrais de Lisboa; sendo que não havia Ambulância e que os doentes eram transportados em carros particulares de pessoas prestáveis, com os motoristas que tivessem á mão.
E se falarmos da Vida Religiosa ou da falta dela; tínhamos como Prior o Padre Serralheiro que chegara nos anos cinquenta e que se notabilizou como Promotor de Obra, desde a Igreja da Misericórdia à Praça de Touros, sem esquecer o seu convívio com o povo, muito arejado e envolvido nos convívios espontâneos. Cumpria as suas obrigações enquanto Pároco, muito impulsionado por uma vintena de Mulheres Católicas Praticantes, lideradas pela D. Celeste ( em linguagem popular as “Beatas “).
Embora a vida corresse na sua quietude, outras Organizações e Iniciativas percorriam a vida Messejanense; senão vejamos: funcionava a Casa do Povo, com actividades recreativas e desportivas; tinha vida activa o Clube – o Grupo Desportivo Messejanense; organizava-se sessões de Cinema, no Inverno e no Verão, em espaços particulares; realizavam-se Festas e Bailes, uns populares, outros das Famílias mais relevantes da Vila e Concelho, que animavam a vida pacata.







Havia várias Famílias que marcavam a vida da Terra entre o povo e a pequena e média burguesia comercial e rural; são diversas: os Petronilhos, os Camachos/Palhaços, os Policarpos, os Guerreiro, os Fortes, os Lebre, os Baptistas, os Santos Rosa, os Mendes, os Ruas, os “Porca”, os Matos, os Pinto, os Góis, os Guisado, os Salgueiro, os Faria,os Carvalho, os Vieira, os Lopes, os Correia, os Belchior, os Capela ,os Assunção, os Pereira, os Moleiro, os Caetanos, os Naires,….e outras, tão importantes, que, cada uma á sua medida, influenciaram a vida colectiva. Outras Famílias de Lavradores, como os Nobre ou os Lança, marcavam a vida económica da freguesia, que englobava a pequena Aldeia dos Elvas.
No final da década o arranque da FORMA, Mobiliário de Azinho, Lda., constituiu a grande novidade que foi progressivamente aumentando os Postos de Trabalho, e dando perspectivas de futuro aos habitantes da Terra. Poderemos dizer que nos finais dos 60 se vivia um ambiente positivo. Perspectivas de unidades comerciais eram pensadas e concretizadas.


1. A DÉCADA DE 70
Estes dez anos são atravessados a meio pela Revolução do 25 de Abril, o que aconselha a falar do Antes a do Depois. Sobre o Antes podemos dizer que houve uma continuidade nas vivências em sociedade, tendo-se agravado o surto de Jovens pa

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Regresso à Terra

A Capital e a Planura

Como anunciado, estive em Lisboa a tratar dos dentes, estar com o meu Pai e dar uma volta á Feira do Livro. Quer as obrigações, quer os tempos livres, foram cumpridos, não obstante o stress que lá se respira e um certo afogamento do espaço.
No meio disto, ganhei a esatadia com o Pai ( que lendo a versão em bruto dos 50.., deu-me o seu agrado), a converseta com o mano Zé Duarte, o perspectivar a resolução da dentadura, a volta com a amiga Paula e o cheirar os Livros da Feira; a Feira, nao sei bem porquê, pareceu-me menos Viva que o habitual e quanto a compras foram simbólicas, pois a carteira anda vazia.
O regresso foi desejado e a chegada acalmou o nervoso adquirido. De tal maneira, que quero falar-vos das REVISTAS que deram á luz no Alentejo na ultima semana. O " 30 Dias ", com 70 páginas, apresenta-se como Generalista de Actualidade, bem apresentado e escrito e com temas diversos, principalmente do Baixo Alentejo. Aconselho a ASSINATURA, pois penso que teremos Jornalismo de qualidade (aqui deixo a Morada: Rua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 - 7800-498 Beja e refiro que a anualidade é de 40 Euros)
A " Pormenores ", mais apelando a leituras lentas e espaçadas, com 80 páginas, é um produto sóbrio e leve, que apela á análise dos Leitores. Oriunda de Portalegre, pretende abarcar o Alentejo todo. De novo, sugiro a ASSINATURA, pois o 1º nº nos deixa na expectativa( dados: Rua Eng. Luis Mira Amaral, 10 Pv.C4, 7300-058, Portalegre e com ocusto de 30 Euros- 12 Nºs.)
Agora é dedicar-me aos aparos e buxas para finalizar a Crónica " 50 Anos na Freg. de Messejana", que será publicada nos " Cadernos Culturais - Messejana d"algum Dia -, que sairá nas nossas Festas de Sta. Maria, com Edição da Misericórdia.
Boms Sonhos, quando fôr caso disso, e boa disposição!
Zé Carlos
Messejana

Estórias da minha Terra - 4 -

E se falarmos da Vida Religiosa ou da falta dela; tínhamos como Prior o Padre Serralheiro que chegara nos anos cinquenta e que se notabilizou como Promotor de Obra, desde a Igreja da Misericórdia à Praça de Touros, sem esquecer o seu convívio com o povo, muito arejado e envolvido nos convívios expontâneos. Cumpria as suas obrigações enquanto Pároco, muito impulsionado por uma vintena de Mulheres Católicas Praticantes, lideradas pela D. Celeste ( em linguagem popular as “Beatas “).
Embora a vida corresse na sua quietude, outras Organizações e Iniciativas percorriam a vida Messejanense; senão vejamos: funcionava a Casa do Povo, com actividades recreativas e desportivas; tinha vida activa o Clube – o Grupo Desportivo Messejanense; organizava-se sessões de Cinema, no Inverno e no Verão, em espaços particulares; realizavam-se Festas e Bailes, uns populares, outros das Famílias mais relevantes da Vila e Concelho, que animavam a vida pacata.
Havia várias Famílias que marcavam a vida da Terra entre o povo e a pequena burguesia; são diversas: os Petronilhos, os Camachos/Palhaços, os Policarpos, os Guerreiro, os Fortes, os Lebre, os Baptistas, os Santos Rosa, os Mendes, os Ruas, os “Porca”, os Matos, os Pinto, os Góis, os Guisado, os Salgueiro, ao Faria, os Belchior, os Capela ,os Assunção, os Pereira, os Moleiro,os Caetanos, os Naeram tempos do “ Dia dos Pobres”, em que aos sábados dezenas de Famílias batiam á porta dos mais abastados da Terra.
Mas, nos anos 60 como é que se vivia em Messejana ? Os moços andavam na maioria descalços e a brincar a Jogos, hoje considerados tradicionais, sem esquecer o jogo da Luta, que sempre agitou a evolução do Homem. Os homens, nos poucos tempos sem afazeres, bebiam um copo nas Tabernas da Vila e cavaqueavam com a língua solta e , por vezes, cantavam. As mulheres agarradas á casa, encontravam-se nas Lojas e noutros afazeres comuns, sempre com a corda mais apertada. Como dissemos vários foram rumando a Setúbal e Lisboa e seus arrabaldes e outros na aventura de França e mais alguns Países vizinhos, todos á procura de trabalho e da sobrevivência. De referenciar que a partir desses tempos, as Famílias possidentes vieram na maioria a abandonar a Terra; a título de exemplo, refiro duas Lavradoras que continuaram a levar por diante as suas explorações: a D. Zézinha e a D. Lúcia.
No meio disto tudo ainda houve duas rajadas de Peste Suína, que arruinaram pobres e, também, ricos no Baixo Alentejo, o que significava que se vivia uma vida triste, embora a alma Alentejana conseguisse milagres de vivências alegres e cheias de humor verrinoso e fininho. A Terra com luz elétrica desde cedo, com ruas cheias de poças no Inverno e pó no Verão e com o casario arranjado quanto baste, sem esquecer o património arquitectónico e monumental (na altura mais visível e arranjado) , sem água potável e com más estradas de acesso, ia andando, parada.
Contudo nos finais dos anos sessenta surge a ideia que uma Fábrica poderia vir parar a Messejana; o que consta é que tal se deve a que o homem da Ideia é filho da Terra. Confirmado que a Fabrica de Móveis ia avançar pela mão do Arq. Henrique Albino, irmão do Veterinário do Concelho, e que dezenas de postos de trabalho poderiam ser criados. Esta novidade altera os planos de jovens e mais velhos que perspectivam o seu futuro na Terra, o que fez estagnar a sangria que se vinha verificando. Mas estávamos a esquecer aspectos importantes na vida da Vila; o que dizer dos cuidados de saúde, que estavam entregues nas mãos do Dr. Guisado que com a sua parcimónia tratava dos doentes o melhor possível, com as condições insuficientes da época, e em casos mais graves havia o mini-hospital

terça-feira, 5 de maio de 2009

Notas soltas - 5 -

IDA A LISBOA

À conta dos meus dentes, vou até Lisboa. Irei nos Expresso e espero ver o meu Pai de boa saúde, ainda hoje á noite, por via da boleia do Mano Zé Duarte.
Para além da obrigação, espero dar a volta possível á Feira do Livro; é um prazer poder ver e tocar em tantos belos Livros que espero vivenciar.
Talvez dê para um encontro com uma amiga...o tempo o dirá!
Espero ter umas conversas com o meu Pai, que já vai a caminho dos 92 !
Depois será a Volta, com as planuras á minha espera.
Até 5ª feira e bons momentos!
Abraços.
Zé Carlos

Estórias da minha Terra - 3 -

Havia várias Famílias que marcavam a vida da Terra entre o povo e a pequena burguesia; são diversas: os Petronilhos, os Camachos/Palhaços, os Policarpos, os Guerreiro, os Fortes, os Lebre, os Baptistas, os Santos Rosa, os Mendes, os Ruas, os “Porca”, os Matos, os Pinto, os Góis, os Guisado, os Salgueiro, ao Faria, os Belchior, os Capela ,os Assunção, os Pereira, os Moleiro,os Caetanos, os Naeram tempos do “ Dia dos Pobres”, em que aos sábados dezenas de Famílias batiam á porta dos mais abastados da Terra.
Mas, nos anos 60 como é que se vivia em Messejana ? Os moços andavam na maioria descalços e a brincar a Jogos, hoje considerados tradicionais, sem esquecer o jogo da Luta, que sempre agitou a evolução do Homem. Os homens, nos poucos tempos sem afazeres, bebiam um copo nas Tabernas da Vila e cavaqueavam com a língua solta e , por vezes, cantavam. As mulheres agarradas á casa, encontravam-se nas Lojas e noutros afazeres comuns, sempre com a corda mais apertada. Como dissemos vários foram rumando a Setúbal e Lisboa e seus arrabaldes e outros na aventura de França e mais alguns Países vizinhos, todos á procura de trabalho e da sobrevivência. De referenciar que a partir desses tempos, as Famílias possidentes vieram na maioria a abandonar a Terra; a título de exemplo, refiro duas Lavradoras que continuaram a levar por diante as suas explorações: a D. Zézinha e a D. Lúcia.
No meio disto tudo ainda houve duas rajadas de Peste Suína, que arruinaram pobres e, também, ricos no Baixo Alentejo, o que significava que se vivia uma vida triste, embora a alma Alentejana conseguisse milagres de vivências alegres e cheias de humor verrinoso e fininho. A Terra com luz elétrica desde cedo, com ruas cheias de poças no Inverno e pó no Verão e com o casario arranjado quanto baste, sem esquecer o património arquitectónico e monumental (na altura mais visível e arranjado) , sem água potável e com más estradas de acesso, ia andando, parada.
Contudo nos finais dos anos sessenta surge a ideia que uma Fábrica poderia vir parar a Messejana; o que consta é que tal se deve a que o homem da Ideia é filho da Terra. Confirmado que a Fabrica de Móveis ia avançar pela mão do Arq. Henrique Albino, irmão do Veterinário do Concelho, e que dezenas de postos de trabalho poderiam ser criados. Esta novidade altera os planos de jovens e mais velhos que perspectivam o seu futuro na Terra, o que fez estagnar a sangria que se vinha verificando.
Mas estávamos a esquecer aspectos importantes na vida da Vila; o que dizer dos cuidados de saúde, que estavam entregues nas mãos do Dr. Guisado que com a sua parcimónia tratava dos doentes o melhor possível, com as condições insuficientes da época, e em casos mais graves havia o mini-hospital de Aljustrel e em desespero havia Beja e os Hospitais Centrais de Lisboa; sendo que não havia Ambulância e que os doentes eram transportados em carros particulares de pessoas prestáveis, com os motoristas que tivessem á mão.E se falarmos da Vida Religiosa ou da falta dela; tínhamos como Prior o Padre Serralheiro que chegara nos anos cinquenta e que se notabilizou como Promotor de Obra, desde a Igreja da Misericórdia à Praça d

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Estórias da minha Terra - 2 -

eram tempos do “ Dia dos Pobres”, em que aos sábados dezenas de Famílias batiam á porta dos mais abastados da Terra.
Mas, nos anos 60 como é que se vivia em Messejana ? Os moços andavam na maioria descalços e a brincar a Jogos, hoje considerados tradicionais, sem esquecer o jogo da Luta, que sempre agitou a evolução do Homem. Os homens, nos poucos tempos sem afazeres, bebiam um copo nas Tabernas da Vila e cavaqueavam com a língua solta e , por vezes, cantavam. As mulheres agarradas á casa, encontravam-se nas Lojas e noutros afazeres comuns, sempre com a corda mais apertada. Como dissemos vários foram rumando a Setúbal e Lisboa e seus arrabaldes e outros na aventura de França e mais alguns Países vizinhos, todos á procura de trabalho e da sobrevivência. De referenciar que a partir desses tempos, as Famílias possidentes vieram na maioria a abandonar a Terra; a título de exemplo, refiro duas Lavradoras que continuaram a levar por diante as suas explorações: a D. Zézinha e a D. Lúcia.
No meio disto tudo ainda houve duas rajadas de Peste Suína, que arruinaram pobres e, também, ricos no Baixo Alentejo, o que significava que se vivia uma vida triste, embora a alma Alentejana conseguisse milagres de vivências alegres e cheias de humor verrinoso e fininho. A Terra com luz elétrica desde cedo, com ruas cheias de poças no Inverno e pó no Verão e com o casario arranjado quanto baste, sem esquecer o património arquitectónico e monumental (na altura mais visível e arranjado) , sem água potável e com más estradas de acesso, ia andando, parada.
Contudo nos finais dos anos sessenta surge a ideia que uma Fábrica poderia vir parar a Messejana; o que consta é que tal se deve a que o homem da Ideia é filho da Terra. Confirmado que a Fabrica de Móveis ia avançar pela mão do Arq. Henrique Albino, irmão do Veterinário do Concelho, e que dezenas de postos de trabalho poderiam ser criados. Esta novidade altera os planos de jovens e mais velhos que perspectivam o seu futuro na Terra, o que fez estagnar a sangria que se vinha verificando.
Mas estávamos a esquecer aspectos importantes na vida da Vila; o que dizer dos cuidados de saúde, que estavam entregues nas mãos do Dr. Guisado que com a sua parcimónia tratava dos doentes o melhor possível, com as condições insuficientes da época, e em casos mais graves havia o mini-hospital de Aljustrel e em desespero havia Beja e os Hospitais Centrais de Lisboa; sendo que não havia Ambulância e que os doentes eram transportados em carros particulares de pessoas prestáveis, com os motoristas que tivessem á mão.
E se falarmos da Vida Religiosa ou da falta dela; tínhamos como Prior o Padre Serralheiro que chegara nos anos cinquenta e que se notabilizou como Promotor de Obra, desde a Igreja da Misericórdia à Praça de Touros, sem esquecer o seu convívio com o povo, muito arejado e envolvido nos convívios expontâneos. Cumpria as suas obrigações enquanto Pároco, muito impulsionado por uma vintena de Mulheres Católicas Praticantes, lideradas pela D. Celeste ( em linguagem popular as “Beatas “).
Embora a vida corresse na sua quietude, outras Organizações e Iniciativas percorriam a vida Messejanense; senão vejamos: funcionava a Casa do Povo, com actividades recreativas e desportivas; tinha vida activa o Clube – o Grupo Desportivo Messejanense; organizava-se sessões de Cinema, no Inverno e no Verão, em espaços particulares; realizavam-se Festas e Bailes, uns populares, outros das Famílias mais relevantes da Vila e Concelho, que animavam a vida pacata.Havia várias Famílias que marcavam a vida da Terra entre o povo e a pequena burguesia; são diversas: os Petronilhos, os Camachos/Palhaços, os Policarpos, os Guerreiro, os Fortes, os Lebre, os Baptistas, os Santos Rosa, os Mendes, os Ruas, os “Porca”, os Matos, os Pinto, os Góis, os Guisado, os Salgueiro, ao Faria, os Belchior, os Capela ,os Assunção, os Pereira, os Moleiro,os Caetanos, os Na

Estórias da minha Terra - 1 -

Imagem http://gasolim.blogs.sapo.pt

Os últimos 50 Anos na Freguesia de MESSEJANA ( 1959 – 2009 )

Nota Introdutória

É minha convicção que lembrar os últimos cinquenta anos da Vida na nossa Freguesia é fundamental para vislumbrar um Futuro Vivo em Messejana; assim, decidi fazer relatos sobre esses tempos, o que exigia a colaboração dum amigo que tivesse vivido na totalidade esses caminhos, pois eu estive vinte anos por fora, em Lisboa.
Como a colaboração não resultou, decidi por minha conta e risco escrever uma CRÓNICA sobre essas cinco décadas, com o objectivo principal de estimular uma reflexão retrospectiva de Todos os que têm Messejana no coração e na razão, de forma a virmos a ter uma Aproximação Histórica do meio século que muitos de nós viveram.
Direi que os erros e omissões que cometer, sejam um Tónico para um Debate que nos enriquecerá para saber dar os Passos Necessários para uma Messejana com Novas Realidades de que nos orgulhemos!
Passo, então, á pequena Crónica que conseguir fazer, contando com inúmeros relatos que
atentamente ouvi e com as três décadas de muitas Vivências Vividas!


1. Os Anos Sessenta


Estávamos nos anos da grande emigração, consequência da mecanização agrícola que ceifou milhares de braços de trabalho nos nossos campos. Não está em causa os avanços que este fenómeno trouxe, ao libertar os homens e mulheres de trabalhos indignos para o ser Humano; estamos perante uma alteração profunda na forma de viver de diversas partes do Mundo, que afectou profundamente os Territórios em que a Agricultura era fortemente dominante. Messejana não foi excepção, pelo que viveu um grande abandono de população, pois não apareciam alternativas que dessem aos Messejanenses trabalho e remuneração devida.
Exceptuando as Oficinas, o pouco Comércio, as Padarias, Barbearias, alguns trabalhos de Construção Civil, os Lagares, as Tabernas, as Moagens e algumas actividades furtivas, tudo assentava na Agricultura e nos poucos possidentes de terra, em que se salientava meia-dúzia, num total de duas dezenas; há que indicar o Negócio do Sr. Alfredo Santos Rosa que, embora sediado em Aljustrel, tinha importância na Terra, bem como, do seu irmão Lu
ís, que assentou em Beja. Perante este quadro, desolado de homens sem trabalho e famílias sem nada para comer, houve alguns Lavradores que tentaram manter os seus trabalhadores permanentes; mas, segundo consta, nesses Lavradores sobressaía a Casa do Sr. Zé Duarte e Eng. Albino, que tudo faziam para inventar trabalho para tantos necessitados. Não será por acaso, que esta Casa Agrícola faliu nos finais dos anos sessenta, o que não aconteceu com as Irmãs ( D. Maria e D. Emília). De salientar que ainda eram tempos do “ Dia dos Pobres”, em que aos sábados dezenas de Famílias batiam á porta dos mais abastados da Terra.
Mas, nos anos 60 como é que se vivia em Messejana ? Os moços andavam na maioria descalços e a brincar a Jogos, hoje considerados tradicionais, sem esquecer o jogo da Luta, que sempre agitou a evolução do Homem. Os homens, nos poucos tempos sem afazeres, bebiam um copo nas Tabernas da Vila e cavaqueavam com a língua solta e , por vezes, cantavam. As mulheres agarradas à casa, encontravam-se nas Lojas e noutros afazeres comuns, sempre com a corda mais apertada. Como dissemos vários foram rumando a Setúbal e Lisboa e seus arrabaldes e outros na aventura de França e mais alguns Países vizinhos, todos á procura de trabalho e da sobrevivência. De referenciar que a partir desses tempos, as Famílias possidentes vieram na maioria a abandonar a Terra; a título de exemplo, refiro duas Lavradoras que continuaram a levar por diante as suas explorações: a D. Zézinha e a D. Lúcia.
No meio disto tudo ainda houve duas rajadas de Peste Suína, que arruinaram pobres e, também, ricos no Baixo Alentejo, o que significava que se vivia uma vida

domingo, 3 de maio de 2009

Notas soltas - 3 -

Um belo Fim de Semana!

Na 6ªfeira começei por uma ida à OVIBEJA, onde encontrei amigos e conhecidos que já não via há tempos e até cumprimentei o Primeiro Ministro, José Sócrates.A nossa Feira estava a abarrotar de Gente e pareceu-me que bem apresentada, o que já é um hábito anual de animada vida na Cidade de Beja.
Nas voltas dadas, ofereceram-me a Nova Revista do Baixo Alentejo - a "30 Dias" -, que á primeira vista me deixou agradado e á qual desejo longa vida e bom Jornalismo!
Chegado a casa agarrei-me á Crónica sobre " Os ultimos 50 Anos na Freguesia de Messejana", de tal forma que hoje a tenho terminada em bruto. Deu-me particular gouzo, pois obrigou a uma chamada da memória vivida e ouvida. Conforme prometido, Aqui será publicada, em folhetins parciais.
No sábado, voltei á Ovibeja com o principal objectivo de me encontrar com o meu grande Amigo Joaquim Pulga e com o também amigo Manuel Faião. Foi um bom encontro, bem comido e regado, em que se começou a pôr em dia a conversa adiada dois anos! À partida, ficou agendado um fim de semana na minha casa de Messejana, onde nos conhecemos.
Durante este encontro fiquei a saber que o livro "Alentejanando" já vai na 4ª edição e foi-me oferecido outra Nova Revista - "Pormenores" -, que em moldes diferentes e mais calmos é obra de Pessoal Novo das bandas de Portalegre; fico á espera do 2º número.
Hoje, domingo, cá vou indo acompanhado de bom Ténis e melhor Snooker e á espera de novas surpresas! Com a Primavera a trazer um calorzinho, que aquece os ossos e alma, espera-se, ainda, umas chuvas que refresquem as terras e que anunciarão os Calores do Verão.
Saudações Primaveris!
Zé Carlos
Messejana

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O PCP ataca de novo! Olho Aberto!

As minhas previsões, infelizmente, foram ultrapassadas pelas calúnias e agressões feitas a Vital Moreira no Desfile do 1º de Maio da Cgtp-In-pcp. Não aprendem! Hoje não há dúvidas: o Sr. Gerónimo e o ,proclamado reformador, Prof. Carvalho da Siva, líder da CGTP-IN, sacudiram a água do capote e, objectivamente, cobriram as agressões dos seus militantes ao Candidato do PS ás Eleições Europeias.
È hora de considerarmos o PCP uma Organização Reaccionária que só atrapalha os passos duma, e de várias, Esquerdas. Nós não temos nada a ver com estes senhores que se proclamam da Democracia a do Desenvolvimento, mas que apenas atrazam os Caminhos do Desenvolvimento que já sopram as nossas vidas!
NÓS temos que dar tudo para desbravar o Caminho, que já está desenhado, e tem que ser armadilhado por Gente de Bem, que todos os dias se depara com novos e velhos obstáculos; alma e força, por agora,não me faltam.
Mas desmascaremos os traidores da Liberdade e lutemos por Cidadãos mais Participativos, no quer que seja.
De olhos abertos, deixo-vos na solenidade do Pensamento!
Abraços Fraternos!
Zé Carlos
Messejana
 
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