terça-feira, 24 de abril de 2012


Que 25 ? Vivemos tempos da maior encruzilhada da nossa Democracia conquistada no 25 de Abri de 1974. Há quem diga que assegurada pelo 25 de Novembro de 1975. Mas esta nossa encruzilhada nacional é vivida perante uma Crise Europeia e Mundial de grave complexidade, face ao esgotamento do Capitalismo que foi dominando o mundo inteiro. As transformações sociais, culturais e territoriais, hoje configurando quadros muito atomizados e com aprofundamento das desigualdades, ainda não produziram teses claras para a superação dos desafios em presença na “Aldeia Global”. Eu continuando a desejar e a empenhar-me para um “Mundo Melhor” e um “Portugal Solidário”, “sem nada na manga”, questiono “Que 25” temos que ir construindo. Certamente lutando. Mas como e com que paradigma civilizacional ? Este o desafio. José Carlos Albino 24 de Abril de 2012 .

terça-feira, 17 de abril de 2012

Do Nada, ao Algo !

A ARTE DE VENDER NADA

Hoje assistimos, talvez pela primeira vez, a que os governantes nos anunciem o vazio como destino.
Será que não existe uma esperança de algo que nos ilumine a vida? Será que o “bezerro de ouro” nos ofuscou a vontade de, em comunidade, sermos felizes nesta Terra?
Saltarmos para a procura de caminhos novos, que nos reconduzam à condição de Humanos Civilizados, é uma exigência dos presentes, com os olhos nos futuros dos que nos vão suceder.
Recusando as receitas dominantes destes últimos séculos, para onde não queremos ir, juntemos os ambiciosos de viver a vida, para trilharmos procuras de outras formas de existir. Mesmo não chegando à “Utopia dos Paraísos”, abriremos vias que iluminem as revoltas que farão futuros sustentáveis.
É sonho ou uma exigência!
José Carlos Albino
18 de Abril de 2012 .

segunda-feira, 16 de abril de 2012

VOLUNTARIADO - texto em Encontro do CLDS de Ourique - ESDIME / CMO

VOLUNTARIADO
Solidariedade e Cooperação para o Desenvolvimento

José Carlos Albino

Partindo do pressuposto que, por questões de princípio, a Intervenção de Voluntariado está obrigatoriamente associada a ajuda e prestação de apoios e outras intervenções para contribuir para responder a problemas e/ou necessidades sociais, leva-me a afirmar que o Voluntariado tem que apostar no Desenvolvimento nas suas diversas dimensões.
Considerando que só na Acção Conjunta se consegue atingir reais resultados palpáveis e duradouros, penso que a Intervenção Voluntária tem que sempre apostar na Cooperação como método e instrumento de trabalho. E Cooperação entre todos : entre os Voluntários, entre estes e os Cidadãos beneficiários e Instituições de enquadramento.
Para defender e ilustrar estas teses, vou partir do, hoje, muito conhecido e falado proverbio Chinês que diz “que não se deve dar o peixe, mas sim dar a cana e ensinar a pescar”.
Assim, considero que, sendo o proverbio muito desafiante e alternativo a uma visão meramente assistencialista, precisa de ser revisto e complementado. A questão das opções não deve ser colocada em alternativa, ou uma ou outra, mas sim numa lógica de complementaridade. E necessita, ainda, de ter um enquadramento mais vasto, apelando a outras importantes intervenções e prestações de serviços para que “o pescador tenha êxito”.
Vamos, então, ao desenvolvimento e aprofundamento do “sábio proverbio”.

Indo à primeira sugestão de ajustamento.
Numa situação em que Pessoas Cidadãs estão à beira de “morrer de fome”, a necessitar urgentemente de se alimentar, quem quiser ser útil e ajudar ( cidadãos, comunidades e instituições ), tem que providenciar para que “o peixe seja dado”, durante o tempo necessário até que alternativas surjam.
Mas estes actos “de dar”, devem logo ser acompanhados de relacionamentos e aconselhamentos que, dignificando e valorizando as Pessoas, permitam que elas iniciem um PERCURSO que as leve a encontrar meios próprios de auto sustentação. Ou seja, tão importante é “o dar”, como o MODO e postura com que “se dá”.
E é neste PROCESSO que entra “a cana e o ensinar a pescar”. O que nos leva à segunda ideia de aprofundamento do proverbio, tendo em conta os tempos actuais. As “pescarias” hoje são mais complexas, mas, obviamente, possíveis.
Nesta alegoria, é preciso dizer que para pescar é preciso “água livre”, de mar, rios ou barragens, de “canas” apropriadas, de meios para fazer a aprendizagem, de quem compre os instrumentos e “iscos”, de quem troque peixe por outros bens indispensáveis e, certamente não o último, garantir que “o peixe” não falte.
Significa isto que quem Voluntariamente quer ajudar, tem que dominar estas ideias-chave, o que exige adequado enquadramento e apoios, bons ensinamentos e postura de valorização da CIDADANIA de quem se quer apoiar.
E numa terceira e ultima ideia e alerta acerca do alargamento do provérbio, dizer que os necessidades de uma Pessoa Individual tem que ser entendida e abordada no quadro dos Colectivos em que se integra, sendo que as respostas necessárias devem ser dadas agrupando as Pessoas com problemas e potencialidades semelhantes.
Parafraseando, de novo, o Proverbio, há que equacionar as respostas perante “grupos de pescadores”. E aqui entra a necessidade de direcções e respostas que apostem na COOPERAÇÃO entre todos, para soluções para Colectivos.
Estas as pistas que hoje penso necessárias para que Voluntários e Instituições de enquadramento levem a suas missões “a bom porto”.

José Carlos Albino
No Encontro de Voluntários, em Ourique, a 13 de Abril de 2012 .

segunda-feira, 9 de abril de 2012

,,,notícia,, - agência xyz -

,,do "Suicídio Social",,,,
" Incentivos e Assistência ao SUICÍDIO, em estudo no "Governo da Verdade". ( agência xyz )

Fontes bem informadas, reconhecem que o Governo de Passos/Gaspar está, a bem da Nação, a estudar incentivos ao suicídio, com vista a construir um País de Felicidade.
A sensibilidade social de Passos é futurista. Se os velhos-pensionistas, desempregados ( com subsídio de desemprego ) e os indigentes do RSI, deixarem de existi,r as contas públicas melhorarão substancialmente.
Consta, contudo, que Gaspar está a fazer estudos suplementares sobre o "deve-haver" desta original solução.
No Ministério de "Soares da Mota", da solidariedade futura., estuda-se como incrementar as medidas. Sendo certo que os funerais serão da responsabilidade do Estado, estuda-se como beneficiar os herdeiros.
Portas, nos Negócios Estrangeiros, vem estabelecendo contactos com o Vaticano com vista a que os suicidas sejam absolvidos do inferno futuro.
Ouvidos os Economistas do Regime Liberal, é generalizada a opinião que esta medida. de grande originalidade, encerra grandes virtualidades para a "salvação nacional". Sublinham que a pirâmide etária, cheia de velhos improdutivos, poderá fazer surgir uma acrescida juventude cheia de esperanças de felicidades.
O Supremo Magistrado, Cavaco, acompanha com atenção o processo em curso, mas deixando claro que nunca optará por aproveitar esse incentivos, porque só fez bem à Nação e ganha mais que o salário íntimo.
Os crânios do FMI e UE consideram que esta experiência Portuguesa pode abrir "novos caminhos ao Mundo", tal como nos tempos da "Epopeia Marítima" que fez "Portugal Grande".
Aguarda-se que, na sequência das medidas de "salvação nacional" deste Governo Patriota que "corta hoje para dar Amanhã", os cidadãos, populações e seus dirigentes "digam de sua justiça".
E, como disse um anónimo "o Futuro a Deus pertence"

"Gil Vicente" .

( este óbvio "humor negro", de forma "vagarosa", é uma exigência de Cidadania ! )

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Os MEIOS constroem os FINS" - concluído -

“ OS MEIOS CONSTROEM OS FINS “
Foi na minha juventude, já envolvido na vida socio-politica, que me colocaram a questão se “os fins justificam os meios”. Desde logo tendi a responder que não. Entre outros factos e posturas, a Invasão das Tropas Soviéticas à Checoslováquia, vivendo a sua “Primavera Política”, clarificaram que nem pensar nessa máxima. Impor o “Socialismo Real” a um Território e a um Povo é um absurdo e um contrassenso.
Com o andar dos meus tempos de activista na procura duma Democracia Progressista, ao invés da máxima rejeitada, concluí e escrevi que são “Os Meios que constroem os Fins”. E hoje, décadas passadas, reforço a ideia e considero-a da maior actualidade.
De facto, tirando excepções aberrantes, os actores e agentes políticos são coincidentes nos “Fins” que proclamam. Todos, cada uns às suas maneiras, querem caminhar para o “bem-estar social”. Mas, a questão encontra-se no COMO o fazer.
Seguindo o Poeta José Régio, vamos ao “sei que não vou por aí!”. Não podemos prometer liberdade, cerceando a livre iniciativa. Não podemos anunciar igualdade, praticando prepotências sociais e políticas. Não devemos fazer espetáculo, quando o que se anuncia é alegria séria. Não será com autoritarismo que se ergue a Democracia. Não podemos proclamar a Solidariedade, promovendo o aumento de clivagens sociais. As palavras não podem ser desmentidas pelas práticas. Para a coesão social e territorial, não podemos ignorar ricos e pobres. Para o “bem- estar social”, nunca podemos abandonar a Ética.
Lembrando a minha vida socio-profissional no Movimento Cooperativo e do Desenvolvimento Local, considero que os “Meios” tem que assentar na cooperação profícua, mesmo que conflitual, na intervenção local de proximidade, geradora de participação dos Cidadãos, na busca permanente da igualdade de oportunidades, no gradualismo de conquistas sociais sustentáveis e na responsabilidade e verdade de todos os “Homens de Boa Vontade”.
Praticando estes “Meios” conseguiremos, passo a passo, ir-nos aproximando das possíveis felicidades terrenas para todos.
Que estes “Meios” sejam abraçados pela grande maioria doa actores, agentes e dirigentes políticos, económicos, sociais, culturais e territoriais são hoje condição básica para irmos superando as crises que nos assolam.
Abandonando a postura de “treinadores-comentaristas de bancada” e todos nos assumindo como “jogadores activos”, poderemos irmos construindo os “Fins” dum Mundo Melhor.
Participação activa, exige-se !
José Carlos Albino .
Messejana, 3 de Abril de 2012 .
 
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