segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Os MEIOS constroem os FINS" - concluído -

“ OS MEIOS CONSTROEM OS FINS “
Foi na minha juventude, já envolvido na vida socio-politica, que me colocaram a questão se “os fins justificam os meios”. Desde logo tendi a responder que não. Entre outros factos e posturas, a Invasão das Tropas Soviéticas à Checoslováquia, vivendo a sua “Primavera Política”, clarificaram que nem pensar nessa máxima. Impor o “Socialismo Real” a um Território e a um Povo é um absurdo e um contrassenso.
Com o andar dos meus tempos de activista na procura duma Democracia Progressista, ao invés da máxima rejeitada, concluí e escrevi que são “Os Meios que constroem os Fins”. E hoje, décadas passadas, reforço a ideia e considero-a da maior actualidade.
De facto, tirando excepções aberrantes, os actores e agentes políticos são coincidentes nos “Fins” que proclamam. Todos, cada uns às suas maneiras, querem caminhar para o “bem-estar social”. Mas, a questão encontra-se no COMO o fazer.
Seguindo o Poeta José Régio, vamos ao “sei que não vou por aí!”. Não podemos prometer liberdade, cerceando a livre iniciativa. Não podemos anunciar igualdade, praticando prepotências sociais e políticas. Não devemos fazer espetáculo, quando o que se anuncia é alegria séria. Não será com autoritarismo que se ergue a Democracia. Não podemos proclamar a Solidariedade, promovendo o aumento de clivagens sociais. As palavras não podem ser desmentidas pelas práticas. Para a coesão social e territorial, não podemos ignorar ricos e pobres. Para o “bem- estar social”, nunca podemos abandonar a Ética.
Lembrando a minha vida socio-profissional no Movimento Cooperativo e do Desenvolvimento Local, considero que os “Meios” tem que assentar na cooperação profícua, mesmo que conflitual, na intervenção local de proximidade, geradora de participação dos Cidadãos, na busca permanente da igualdade de oportunidades, no gradualismo de conquistas sociais sustentáveis e na responsabilidade e verdade de todos os “Homens de Boa Vontade”.
Praticando estes “Meios” conseguiremos, passo a passo, ir-nos aproximando das possíveis felicidades terrenas para todos.
Que estes “Meios” sejam abraçados pela grande maioria doa actores, agentes e dirigentes políticos, económicos, sociais, culturais e territoriais são hoje condição básica para irmos superando as crises que nos assolam.
Abandonando a postura de “treinadores-comentaristas de bancada” e todos nos assumindo como “jogadores activos”, poderemos irmos construindo os “Fins” dum Mundo Melhor.
Participação activa, exige-se !
José Carlos Albino .
Messejana, 3 de Abril de 2012 .

4 comentários:

  1. Sem dúvida, caro amigo, e o nosso país vai paulatinamente construíndo um futuro bem pior, pelos meios que se conhecem.
    Urge emendar a rota e participar activamente na sociedade, como muito bem o defendes!
    Abraço,
    Manel

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  2. Hoje é o aniversário do desparecimento do Salgueiro Maia, neste caso os meios justificaram os fins, e mais meios não foram necessários pela posição do povo, no meio! Boa escrita, boa exigência! Disponivel para o Partido do Centro do Meio!

    Abraço

    Duarte C. Lopes

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  3. Claro que perante a longa Ditadura, os MEIOS foram os adequados e correctamente utilizados, apostando na adesão Popular !
    Viva Salgueiro Maia !
    zc.

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  4. O Otelo diz que só precisa de uns quantos operacionais e dá a volta a isto!

    VIVA!

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