Estórias dum Internamento – 1 –
Hoje sei que esse tempo foi profundo e gerador de maneiras de estar muito Estórias diferentes, que ainda estou para descobrir. Foram marcas que me entraram por dentro de mim próprio e pela 1ª vez me fizeram parar e estar; marcas que tal nódoa negra vão ganhando diversas tonalidades e aspectos indecifráveis. Novas sensações vou sentindo, intrigado e curioso pelo futuro que vou viver; é entusiasmente e nervoso, o como vais viver é um mistério!
Falar destes tempos é tarefa árdua e vasta. É dizer preto no branco como percorreste múltiplos estádios e formas de ser em vários departamentos hospitalares; è, enfim, um abrir duma arca escondida que dia a dia vais descobrindo.
Uma coisa é certa : a minha personalidade deu várias cambalhotas e vai gerando um ser diferente que está em reconstrução, ou seja, vou ser igual e diferente!
Para abrir este enredo já chega; deixemos que o tempo vá clarificando o que vamos sendo.
Até logo…!
Zé Carlos
Messejana
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Bom Dia, Zé!
ResponderEliminarA escuridão daquela noite, Verão 2007...caíste-te à beira da piscina sem àgua. Um Peixes precisa de àgua!! Foi, como tu dizes, andança e mais andança por departamentos hospitalares. Sabias que a tua voz mudou? Fui visitar-te com medo: não sabia quem iria encontar. A angústia tomou conta de mim: ainda não te tinha visto depois da operação e achava que, de alguma forma estavas diferente - que medo, caramba.
Levei-te um cravo encarnado (porque não aprendi a dizer vermelho? era a PIDE, pois...).
A dada altura, sem qualquer alinhamento de texto, disse-te:
- Trago um cravo encarnado, Zé, vamos comemorar Abril!! Há uma jarra?
Como sabes, o meu Amigo Aventino Teixeira partiu. Lágrimas...não consigo deixar de pensar que levou com ele um Coração de Cravos Vermelhos e Pascoelas Selvagens, colocado por mim, a seus pés, no caixão. Lágrimas...
Zé: vamos sempre comemorar Abril...um beijo.
Obrigado...é bom ter feed-back de amigos.
ResponderEliminarGostei, mas penso que tens muito mais coisas a dizer!
Cá te espero...
Beijos.
Zé Carlos