quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ESQUERDA CENTRAL - reflexões & opiniões -

ESQUERDA CENTRAL !
Defendendo que necessitamos de congregar um “Bloco Social de Progresso”, que se reveja e fundamente no Aprofundamento da Democracia, aos diversos níveis, considero que só a Ideologia Socialista ( dos Utópicos, com cheiros marxistas e sociais democratas ) poderá contribuir para, nos tempos actuais, construir um Programa Socio-Político de Progresso Sustentável. Usando a terminologia dominante, direi que precisamos duma Esquerda Central !
A concepção e construção deste Programa com a bandeira da “DEMOCRACIA PROGRESSISTA” é, pois, um desafio aos Cidadãos Activos que situam à esquerda do espectro político. Assim sendo, temos que equacionar os obstáculos e contributos que os Partidos Políticos que se reclamam de Esquerda trazem a estas reflexões e debates para um Inovador Programa.
Neste quadro, temos o Partido Socialista, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda. Sem esquecer os “sem-partido à esquerda” e a linha social-democrata do PSD. Vamos um a um, indo dos mais à esquerda no figurino parlamentar.
O Bloco de Esquerda que, há uma década, apareceu como um inovador movimento político na Esquerda, em que nunca acreditei, vem-se revelando um “bluff” e má fotocópia do PCP. Não por acaso. O “BE” é a UDP Estalinista, disfarçada de modernidades. Existem para, apenas, destruírem o PS e arregimentarem protestos e descontentes legítimos. O seu contributo para uma “Esquerda Central”, que nos faça engrandecer o caudal da Democracia Progressista, é só um. Diluírem-se! Deixando aos Cidadãos e Espaços de Progressismo libertarem-se e movimentarem-se !
O Partido Comunista, há um século activo, não superou a catástrofe do “Império Soviético”. Mesmo quando o “Derrube do Muro” mostrou a falência da Política Estalinista Imperialista, manteve-se agarrado ao passado militante e dogmático, transformando-se na “Grande Força do Protesto Social”. Por imperativos de sobrevivência defendem-se como podem, o que os distancia de programas ousados, mas realizáveis, de ampla Democracia Progressista. Sem condições de se sobressaltarem colectivamente, apenas podem ser um travão ao liberalismo e um engrossamento de novas e abrangentes militâncias á esquerda. Enquanto instituição, nada se pode esperar para agrupar a Democracia Progressista. Que não perturbem estes processos, já será um positivo contributo.
E, agora, o Partido Maior da Esquerda. O Partido Socialista, nascido há quatro décadas, tem o seu referencial principal no Combate pela Democracia e Progresso Social. A sua Ideologia e Programa nunca equacionaram e avançaram para aprofundarem um “Novo Modelo Socialista”. Na nossa República, pós 25 de Abril, defenderam a Democracia Política e a Soberania Nacional. Ensaiaram um conjunto de políticas económicas e sociais progressistas, que superassem o liberalismo dominante. Acrescentaram modernidade, solidariedade e racionalidade. Mas o Partido e suas Lideranças Longas não inovaram nas suas intervenções e estratégias. Tem marcado passo na procura dum Movimento Global para a Democracia Progressista. Assim, só com um “sobressalto organizado” do Partido poderemos ter um Contributo para a construção duma Esquerda Central, pelo exercício da Democracia Progressista.
Perante este panorama, temos pela frente uma tarefa hercúlea para vislumbrarmos futuros saudáveis e felizes. Para estes esforços de concepção e acção, são indispensáveis as intervenções, mais organizadas e abrangentes, dos Activistas Políticos Progressistas sem partido. Do Centro Político espera-se e deseja-se um abandono das teses liberais e,ou, conservadoras, na procura de direcções progressistas, porque sustentáveis.
A promoção desafiante e organização dum “FÓRUM PELA DEMOCRACIA PROGRESSISTA”, em que o Partido Socialista deverá ter um papel central, será um primeiro passo relevante que deverá ter prosseguimentos cada vez mais abrangentes e inovadores.
O desafio fica feito a todos! Não podemos ficar de braços caídos perante a encruzilhada civilizacional em curso.
REFLEXÃO E ACÇÃO CONVERGENTE EXIGE-SE !

José Carlos Albino
Messejana .

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