quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

,,ainda Democracia Participativa, Associações e Congs.

Umas Conclusões “Congressuais” Subjectivas !

Ao contrário de alguns companheiros iluminados, que inventam o que as Pessoas querem, propõem e desejam, vou apresentar as minhas conclusões deste “Pseudo-Congresso”. E eu estive lá !
Vamos a isso :
1. O processo e o encontro do Iscte foi um claro fracasso ! Pouco mais de meia centena de Associações ( num universo de dezenas de milhares ), debates com algum interesse, mas irrelevantes para os promotores e, depois, conclusões que apenas correspondem ao que os “grandes promotores” desejavam, independentemente do que, de facto. aconteceu. “Antes de o serem, já o eram,,,!”-
2. Face ao que ouvi, li, assisti e disse, as conclusões deste pequeno encontro, são as seguintes :
a.) Não há qualquer Movimento Social para o que quer que seja. Há desejos pessoais, de onda sectária, que tentam inventar o inexistente ;
b.) A constatação principal é que o dito “Associativismo Cidadão” só existe na cabeça de alguns iluminados, fora das realidades reais dos nossos Associativismos, que passam ao lado de posturas ideológicas puras;
c.) Apesar de tudo, foram generalizadas e diversificadas as posições e propostas contraditórias e alternativas aos interesses dos promotores, expressos nos seus documentos, nomeadamente no “Comício de Abertura”, que apontavam para a necessidade indispensável de repensar tudo e caminhar noutro rumo;
d.) As matérias mais abordadas, debatidas e contraditórias no encontro, foram : - o que é “isso” do Associativismo Cidadão”?; - são as Associações as principais fontes da Democracia Participativa e são participadas? : - que modelos de relacionamento dos Associativismos e das emergentes Democracias Participativas com o Estado Democrático, nomeadamente que formas de financiamento para promover a Democracia Participativa, de forma generalizada e genuína? ; - este desejado movimento deve ter ideologia e, se sim, qual? ; - como conseguir mobilizar alargadamente os Associativismos para serem agentes da Democracia Participativa? ; - quais as vias e modos para gerar Cidadanias Activas, em prol dos desenvolvimentos locais e gestação de alternativas aos Poderes Representativos.
e.) Assumida a encruzilhada e fragilidade dos processos e encontro gerados, considerar que é imprescindível repensar e reformular outro caminho que possa conduzir a um movimento social da globalidade dos Associativismos, que reforcem a Democracia Participativa em Portugal no século XXI.
f.) Necessidade de findar a Comissão Promotora, no seu actual modelo e composição, e gerar uma Comissão Organizadora, integrando Organizações Associativas dos diversos Associativismos interessados na promoção da Democracia Participativa, que refunde um Processo que prossiga o objectivo de realizar o 1º. Congresso da Democracia Participativa e dos Associativismos, quando se criarem as condições básicas para que seja um participado, interventivo e deliberativo Grande Encontro das Associações e Processos de Democracia Participativa.

3. Quanto a conclusões de acções de curto prazo, pós-“Congresso” de 13/14 . Out., consideramos que se pode consensualizar as seguintes Iniciativas :
 Divulgar o realizado e pretendido, como alerta para a necessidade de Promover e Valorizar a Democracia Participativa, junto dos Órgãos do Poder Democrático, da Comunicação Social - Opinião Pública e do Universo dos Associativismos;
 Preparar, convocar e realizar uma Reunião Alargada, promovida pela CP do processo realizado, convocando todas as Organizações Representativas dos Associativismos e de Processos de Democracia Participativa, com vista a vir a constituir a Comissão Organizadora do 1º.Congresso da Democracia Participativa e dos Associativismos;
 Elaborar, propor e reclamar sustentação junto dos Poderes Públicos, um Programa Nacional de Promoção da Democracia Participativa e do Fomento da Participação no Universo das Associações e suas Organizações.


OUTRAS CONCLUSÕES, SUBJECTIVAS E QUESTIONÁVEIS, MAS NA BASE DUMA PARTICIPAÇÃO ACTIVA NO PROCESSO E ENCONTRO DO ASSOCIATIVISMO E DEMOCRACIA PARTICIPATIVA .

1 comentário:

  1. Boas Zé, penso que está na altura de falar sobre o assunto.
    "Este desejado movimento deve ter ideologia e, se sim, qual? Esta frase espanta-me que tenha sido colocada (se foi...) num congresso sobre democracia participativa.
    A democracia participativa começa, no assumirmos as nossas responsabilidades enquanto organizações associativas ou cooperativas, no assumirmos as responsabilidades enquanto cidadãos, e ela começa por aceitar a existência e a relação com o poder político e económico. São uma realidade!!!
    Quanto ao findar com a comissão promotora e criar outra, qual o interesse???!!! Não existem já algumas organizações de âmbito nacional que supostamente deveriam negociar os interesses das associações, cooperativas e cidadãos??? Mudamos só de actores individuais???
    Por último gostaria de dizer, embora caricato (porque falamos de asssociativismo, cooperativismo e cidadania), que no fundamental, estas posturas sustentam os individualismos que ainda permanecem e não são um valor acrescentado para a eficácia democrática.

    Abraço,
    Manuel

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