terça-feira, 23 de março de 2010

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RURALIDADES

Face ao Artigo “ O ALENTEJO À DESCOBERTA – As Duas Faces da Ruralidade”, fiquei sinceramente sensibilizado para o ler, com vista a encontrar inovadas concepções de Ruralidades no nosso ALENTEJO.
Contudo, após leitura atenta, fiquei com uma sensação de não se ter avançado sobre as diversas Ruralidades da Actualidade Alentejana. E como penso que para a concepção dum Futuro da nossa Região, é fundamental termos uma análise aturada, realista e rigorosa das nossas diversas vivências, culturas e posturas no Imenso Alentejo.
De facto, o Artigo resume-se a referir “Passados ainda Presentes”, Nostalgias e Futuros Afunilados. Considero, assim, que devo tentar apresentar os meus contributos sobre as Ruralidades Actuais do Alentejo, pois tenho um razoável conhecimento da Região-Toda e produzido análises e estudos sobre diversas zonas e locais do Alentejo.
Em primeiro lugar, considero que temos que falar em “Novas Ruralidades”, ou, em “Pós-Ruralidades”, pois nas últimas décadas houve profundas transformações sociais, económicas, culturais e demográficas em toda a Região, das maiores Urbes até às pequenas Aldeias. Significa isto, que os elementos e indicadores do conceito Ruralidade, forjados na primeira metade do Século xx, não correspondem em muito às Características das nossas realidades actuais, principalmente se falarmos das Crianças, Jovens e Adultos Activos. Estamos perante novas ocupações do Território, novas Posturas Comportamentais e novos Grupos Socio-Económicos, que ambicionam outros futuros e paradigmas, que pouco têm a ver com os das Ruralidades do passado.
Em segundo, considero que apenas referir como Novidade o Turismo, é afunilar as realidades económicas que se vêm desenvolvendo nas últimas 2/3 Décadas. De facto, temos assistido a uma Terciarização alargada, a um profundo decréscimo do Sector Primário, a novas Actividades Transformadoras muito diversas e a um peso significativo do Sector Construção. E estas novidades geraram, inevitavelmente, visíveis Mudanças Culturais e Comportamentais em todo o Território Alentejano, que pouco têm a ver com a Ruralidade que a generalidade das Pessoas imaginam.
Por último, para não maçar, nem tentar esgotar a Matéria, referir que estas Constatações têm fortes implicações no Perspectivar dum Futuro Progressivo e Sustentável, que só as entendo através do Conceito de “Pós-Ruralidade”, que assenta numa alargada diversidade de actividades económicas e novas perspectivas culturais. Face aos referidos Citadinos que optaram pela “Calmaria Alentejana”, quero referir que agora e no futuro próximo há que realizarmos um “Marketing Territorial”, que atraia Quadros Qualificados e Empreendedores que povoem, diversificadamente, a Região. Este, na minha perspectiva, o Caminho que vá caminhando para um Alentejo que case Tradição com Modernidade, refundindo a Cultura que nos Identifica e Diferencia no País e na Europa, particularmente a do Sul, em direcção a Tempos Promissores!
De acordo,,,?

José Calos Albino
Messejana
-Consultor e Dirigente Associativo-
Ex-Membro do Conselho Económico e Social – CES -

2 comentários:

  1. Boa, boa... Eu voto em ti.

    Abraço,
    Manuel

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  2. ,,,a Candidatura poderá estar em marcha,,,em breve,,,,se vedra...!
    abrs .
    zc .

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