domingo, 18 de dezembro de 2011

Da Criminalização de Pais de Alunos

Do Estatuto do Aluno
Pelas notícias vindas a lume, quero fazer um ALERTA. Para as Escolas, mas, também, à Sociedade em geral. Podem-se correr riscos, por se querer “matar abelhas com carabina”.
Falo da criminalização de Pais de alunos absentistas e/ou indisciplinados, contida no projecto de novo Estatuto do Aluno. Como vem sendo hábito, parece que perante males sociais a solução passa por mais repressão. Esta lógica já deu e vai dando maus resultados no País.
De facto, o absentismo e indisciplina elevado e grave de muitos Alunos, é algo que tem que ser combatido. Mas, parece óbvio, que estes problemas tem origem em complexas situações sociais e psicológicas, no quadro dos perturbantes tempos da actualidade. Castigar os Pais nada resolve, antes, agrava os problemas, criando novas fricções e estigmas.
Aguardemos, pois, com activa atenção crítica, pela a apresentação do projecto governamental de novo Estatuto do Aluno. Para que não seja o estatuto dos castigos aos “maus pais”. Complexos e difíceis problemas, exigem múltiplas medidas e políticas que ataquem as causas das coisas, na base da tolerância e persuasão.
ALERTA, fico !
José Caros Albino
18 / 12 / 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dos Passados, à construção dos Futuros

HERANÇAS DO PASSADO – quando começaram ?
Leio, ouço e vejo em jornais, rádios e televisões, dizer-se que os nossos problemas actuais têm a ver com o “Passado Herdado”. Obviamente, estou de acordo. Foi por isto que, ainda adolescente, gostei de estudar História e falar com os mais velhos.
Mas, quase sempre, dizem que o passado começou há 7 anos com a chegada de Sócrates ao Poder, enquanto 1º. Ministro. Quanto muito refere-se ao advento de Guterres, pelos idos de 96 do século passado.
Será que Portugal não existia antes ? Certamente que sim, mas isso são outras histórias. Histórias de branqueamento da História ?
Não indo aos tempos do “apodrecimento da monarquia”, nem á época da “inconsequência da 1ª. República” e sem referenciar “ o imobilismo castrador do passadista Estado Novo”, é obrigatório fazer uma retrospectiva da modernidade da nossa democracia, pós 25 de Abril. Falamos, apenas, de 4 décadas da nossa História. Após apenas 2 anos de “Processo Revolucionário”, vivemos diversas situações de sinais contrários que não responderam à necessária reconversão do nosso modelo de desenvolvimento económico, social e territorial. Nestes 35 anos, os vários Poderes não superaram os atrasos dos passados. Mas, há tempos diferentes e uns mais marcantes que outros nas oportunidades perdidas.
E, ao contrário das “vozes do dono”, as épocas de maior desperdício e agravamento dos nossos bloqueios foram os tempos em que a Direita esteve, de forma absoluta, no Poder. Foram os anos da AD (Aliança Democrática – PSD/CDS - ) na passagem dos 70s para os 80s e a década do Consulado Cavaquista, com maiorias absolutas do PSD. Primeiro, na ganância de perpetuar os valores do liberalismo, esgotaram-se os meios financeiros resultantes de austeridades para equilibrar as contas públicas e deixou-se o país de rastos. Depois, desbarataram-se os Fundos Comunitários na “aposta no betão” e na liquidação do nosso aparelho produtivo, sem alternativas de futuro e com ilusões consumistas. Foram estes períodos históricos que se constituíram como o “Pai do Monstro”.

Obviamente que tal não apaga as inconsequências, impasses e desvios dos Governos de Guterres e Sócrates. O esquecimento ou abrandamento das reformas que superariam os lobbys, impediram a indispensável reconstrução do País e agravaram os desequilíbrios da economia e finanças nacionais.
Perante estes “Passados dos nossos Descontentamentos”, hoje os desafios são enormes e complexos. Que uma leitura crítica de todos os passados gerem um processo de regeneração do país são os nossos votos e empenhos. Nunca o desvirtuamento da história nos levará “ a bom posrto”.
Apelando ao rigor na análise histórica dos 40anos de Democracia, sugiro uma forte concentração na procura e efectivação das prioridades para um Novo Modelo de Desenvolvimento Sustentável.
Desafio difícil, mas realizável se ousados nas vias alternativas e persistentes na sua concretização.
Com rigor histórico, façamo-nos ao caminho !
José Carlos Albino .
Messejana, 9 de Dezembro de 2011 .

Do "PASSADO" - só introdução -

HERANÇAS DO PASSADO – quando começaram ?
Leio, ouço e vejo em jornais, rádios e televisões, dizer-se que os nossos problemas actuais têm a ver o “Passado Herdado”. Obviamente, estou de acordo. Foi por isto que, ainda adolescente, gostei de estudar História e falar com os mais velhos.
Mas, quase sempre, dizem que o passado começou há 7 anos com a chegada de Sócrates ao Poder, enquanto 1º. Ministro. Quanto muito refere-se ao advento de Guterres, pelos idos de 96 do século passado.
Será que Portugal não existia antes ? Certamente que sim, mas isso são outras histórias. Histórias de branqueamento da História ?
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Do "PASSADO" - só introdução -

HERANÇAS DO PASSADO – quando começaram ?
Leio, ouço e vejo em jornais, rádios e televisões, dizer-se que os nossos problemas actuais têm a ver o “Passado Herdado”. Obviamente, estou de acordo. Foi por isto que, ainda adolescente, gostei de estudar História e falar com os mais velhos.
Mas, quase sempre, dizem que o passado começou há 7 anos com a chegada de Sócrates ao Poder, enquanto 1º. Ministro. Quanto muito refere-se ao advento de Guterres, pelos idos de 96 do século passado.
Será que Portugal não existia antes ? Certamente que sim, mas isso são outras histórias. Histórias de branqueamento da História ?
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Santa Maria - FERIADO !

Santa Maria – O NOSSO FERIADO !
Nesta época de cortes e extinções, calhará agora a vez de acabar com feriados. E já decidiram que são quatro. Dois civis e dois religiosos. E é sobre os religiosos que quero expressar opinião e indignação.
Após contactos invisíveis, surgiu a notícia que um dos Feriados a extinguir, segundo a hierarquia católica, seria a “Santa Maria” / Nossa Senhora da Assunção, a 15 de Agosto. De todos os pontos de vista seria um erro grave e um disparate. Vejamos.
Do ponto de vista da fé católica popular é a data mais comemorada em todo o país e celebra Nossa Senhora, Padroeira de Portugal, enquanto ícone religioso. No domínio sócio/cultural, constitui-se num forte momento de confraternização e de auto estima dos muitos locais que fazem o país. Também na óptica económica não se justifica. É no período de mais férias dos trabalhadores, logo com menores efeitos na produção, e afirma-se como importante evento para as economias locais.
Esperemos que o bom senso e responsabilidade imperem e continuemos a comemorar e festejar as Santas Marias das nossas Terras!
FERIADO DE SANTA MARIA, PARA SEMPRE !
José Carlos Albino .
Messejana, 28 de Novembro de 2011 .

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Segurança - a prioridade governamental ???

Mais Polícias – porquê e para quê ?
Perante cortes e mais cortes. Face a generalizada limitação ou impossibilidade de contratações de funcionários públicos nas mais variadas funções. Perante a obsessão de reduzir a capacidade de intervenção do Estado em todas as áreas de actuação. Aparece o Ministro Miguel Macedo, no quadro da defesa do ultra restritivo Orçamento de Estado/2012, a anunciar que no próximo ano serão contratados 1100 Polícias, sem que se explicite os milhões que isto vai custar aos Contribuintes.
Sinceramente, fiquei perplexo. Como se justifica este abrir dos cordões á bolsa, quando só se fala e vende a necessidade de fortes contenções nas despesas do Estado? Será que a única prioridade do Governo é a Segurança?
Considero que é necessário que todos nos questionemos e interpelemos o Governo, na pessoa do Ministro da Administração Interna, sobre as reais razões para esta deriva de excesso de segurança.
Será que a principal razão tem a ver com a exigência governamental de conter, controlar e reprimir as legítimas formas de luta das pessoas e populações contra as brutais degradações das condições de vida da esmagadora maioria dos Portugueses? Será mais barato e eficaz apostar no aparelho repressivo do que no combate ao desemprego? Ou será que se quer aproveitar a mais que referida “emergência nacional” para limitar direitos democráticos e “muscular” o nosso Regime Democrático conquistado pelo 25 de Abril?
Ficam estas questões para reflexão de todos e como interpelação ao Governo que nos rege.
José Carlos Albino
Messejana, 17 de Novembro de 2011 .

terça-feira, 15 de novembro de 2011

MES - 1 -

Do Convívio MES – pensamentos, sentimentos e reflexões ( 1 )

O Almoço/Convívio do Movimento de Esquerda Socialista, 30 anos depois do seu assumido fim, encontrou-me num período em que vinha reflectindo sobre percursos & contradições da Vida e Morte do MES. Militei dos 20 aos 27 anos, desde a sua fundação no “25 de Abril” até ao seu encerramento. Assumi responsabilidades directivas diversas, tendo sido membro da sua Comissão Política Nacional após o Congresso Final. Vivi, nos limites, as suas aspirações e frustações. Vinha pensando que as estórias passadas seriam úteis para os presentes. Vou escrever.
Nestas lembranças, o Livro do “MES – improvável aventura”, dos companheiros/amigos Didas e António, muito ajudaram. Vamos à conversa.
 
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