terça-feira, 15 de março de 2011

mundo à rasca,,, &,,,Portugal

O MUNDO À RASCA !

Usando a terminologia da moda, identificada com a geração jovem de hoje, tenho a certeza que o MUNDO vive uma encruzilhada dolorosa e muito complicada, sem que se vislumbrem claros caminhos de futuros sustentáveis. Estamos, cidadãos do Mundo, à rasca !
E partindo do global, para o local. A grande novidade actual é que o “Mundo do Ocidente e Norte”, que há séculos floresceu e dominou a cena mundial, está bloqueado e sem capacidade de ser uma referência para os modelos de vida do futuro.
Entretanto, as Regiões de “outros lados do mundo”, conhecidas como “potências emergentes” com a maioria da população mundial, saíram da pobreza extrema, de lógicas de idade média e da exclusão territorial. São hoje actores essenciais na Globalização Económica e Social. Com independência e com o seu crescimento fragmentaram e inviabilizaram o “ Modelo Ocidental”.
E falando do “nosso mundo” - a Europa - , a situação tem componentes de dramatismo social e económico, face aos paraísos vividos e sonhos vendidos. Inevitavelmente, a “banha da cobra” do crescimento e melhoria do bem-estar imparáveis foi desmacarada e gerou problemas explosivos. E não se vislumbram caminhos novos para inovadores modos de vida.
Neste quadro global, em forma resumida que não referiu o ambiente, o urbanismo e conflitualidades culturais, estamos nós Portugueses. E este cantinho da Europa “à beira mar plantado” com séculos de história é um caso especial e paradigmático.
Nos tempos modernos vivemos 50 anos em Ditadura Conservadora e Imobilista e década e meia de gravosa e injusta Guerra Colonial, apenas vivendo em Democracia há menos de 40 anos. Perante a fome de liberdades e desenvolvimento, viveu-se um período eufórico com resolução de problemas básicos das populações, que complicou a consolidação democrática e gerou complexas situações financeiras ao nível do Estado, Economia e Sociedade.
Embora com grandes avanços de bem-estar social, continuámos a estar na cauda da Europa e sem um modelo de desenvolvimento que gerasse uma Economia renovada e sustentável. Durante dez anos, após Integração Europeia e com a batuta de Cavaco Silva, alimentou-se a vivência num pretenso oásis que nos colocaria, também, nos crescimentos imparáveis já em desagregação.
E agora estamos todos à rasca. Uns mais que outros! E quem pensar que as graves situações económicas e sociais podem ter melhorias no curto prazo, ilude-se e inviabiliza direcções para a médio e longo prazo, finalmente, se ir gerando Novos Modelos que nos assegurem futuros neste Mundo do incerto século XXI.
Passar do à rasca e da indignação a movimentos construtivos duma Nova Economia, que alimente bem-estar equilibrado, moderado e sustentável, é o grande desafio que temos pela frente. Para vislumbrarmos tempos vindouros de expectativas positivas, será imprescindível medidas reformistas profundas, inevitavelmente geradoras de inseguranças e desequilíbrios sociais diversos, em todos os planos da nossa vida colectiva.
Este estreito caminho exige imaginação, coragem e firmeza. E o problema é que com a nossa cultura frágil e facilitadora, as Propostas Imprescindíveis não ganham eleições!
Como desatar estes nós, eis a questão!

José Carlos Albino
Messejana .

2 comentários:

  1. O mundo está, de facto, à rasca. É, no entanto,nos momentos de crise (que são cíclicos, que somos e precisamos ser mais criativos. Aproveitemos, então, os tempos de instabilidade para construir políticas inovadoras, de maior estabilidade e, por outro lado, para descobrir soluções colectivas mais sustentadas e organizadas, tanto a nível local como Europeu. TX

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  2. A partir destas análises e proposições, criemos movimentos construtivos de novas soluções.

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