segunda-feira, 26 de setembro de 2011

V. P. V. - "Uma geração perdida" -

V. P. V. – assume AUTO-CRÍTICA…?!
( “Uma geração perdida” – 25/09/2011 no “Público”)
Como leitor compulsivo dos artigos de opinião de Vasco Pulido Valente desde que é colunista na Comunicação Social e seu antigo aluno no ano de fundação do ISCTE em 1972, congratulo-me com a sua crónica intitulada “Uma Geração perdida”, porque parece que se incluiu nos alvos dos seus pertinentes e terríficos “ataques” aos dirigentes políticos, sociais, económicos e científicos do nosso país, particularmente nos “tempos” pós-25 de Abril, com liberdade e democracia.
Porque VPV é, desde jovem estudante, investigador e professor, um Activo Agente de Intervenção na Vida Pública Nacional, incomodava-me que a sua contundente e áspera capacidade crítica nunca se tivesse virado para si e para os seus parceiros de percursos públicos, integrantes duma Geração ( a de 50/60/70s ). Gostei da crónica porque lúcida e com valorização da capacidade de sabermos nos olharmos criticamente. Mas penso que a “matéria” tratada exige melhores e mais abrangentes análises. A “Geração Perdida” não é caracterizada e claramente identificada nas suas posturas, com tronco comum e vários ramos diferenciados.
Então, umas notas breves para desafiar a que se desenvolva esta matéria da(s) “ Geração(ões) Perdida(s)”.
No quadro da Geração dos Jovens que nasceram para a Intervenção Cívico-Política nos anos Sessentas e Setentas, ainda com o Regime de Ditadura, observaram-se no Pós 25 de Abril diversos percursos de modos e tipos de Intervenção na Vida Pública Democrática. Mas penso que houve e há dois caminhos principais nestes percursos. Uns, que nunca abandonaram a assunção de Responsabilidades de Lideranças Políticas e/ou Sociais nestas quatro décadas de Regime Democrático e, assim, alvos da análise crítica pública. Outros que, com pontuais Intervenções na “Coisa Pública”, vieram a ausentar-se duma Intervenção Cívica e Política de Compromisso com Organizações Sociais e Políticas ou Instituições do Estado Democrático. Mas com vários a serem proclamados como “fazedores de opinião”.
Se os que tem estado activos e com responsabilidades são brutalmente avaliados por VPV e cronistas de serviço, os ausentes e escondidos são excluídos de qualquer avaliação e critica. Está bem,,? Eu sou daqueles que consideram que mais vale uma má decisão, do que fugir a ter respostas.
Por aqui me fico, na esperança que o desafio de debate seja aberto e construtivo.

José Carlos Albino
Messejana, 26 de Setembro de 2011 .

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