TEIMOSIA OBEDIENTE E CEGA E “A TAMPA POPULAR SALTANDO”
A situação de Passos Coelho, com o seu Governo e sua Maioria Parlamentar, é de grande agitação e fragilidade, que está a tentar ser combatida com encenação de firmeza, segurança e confiança, mas que tresanda a teimosia cega e autista, perante as realidades e factos à vista de todos. Na nossa história democrática já assistimos a posturas e modos semelhantes, que, invariavelmente, conduziram os actores e o País a graves situações. Cada um, lembrar-se-á dumas ou doutras, em épocas diferentes.
As realidades reais da esmagadora maioria das Pessoas e Populações do País são duma dureza social, económica e anímica tremenda e, tudo indica, em crescendo. A proclamada “paciência” dos Portugueses começa a esgotar-se.
Os “casos”, de vária índole, com Governantes e Dirigentes da Maioria são diversos e graves e as vozes dissidentes no PSD e sua área de influência multiplicam-se a um ritmo acelerado. O CDS-PP, ora escondendo-se, ora divergindo das lideranças em presença, começa a ser um aliado incomodado.
A obediência total e única aos ditames de Merkel e dos “Mercados Imperiais” e seus “representantes” nas Instituições Europeias e Internacionais, que afincadamente elogiam o Governo, apenas respondem aos interesses dos Países ricos e poderosos e são geradores de graves impasses na União Europeia. Mas, mais grave, empobrecem o nosso País e destroem os laços básicos da Coesão Social e Territorial. Em espiral e com efeito dominó, o País poderá ficar desertificado e/ou desfigurado de magrezas várias.
Por tudo isto, e fora de jogos partidários, é imprescindível travar este caminho para o vazio, pelo que nos é exigido combates Sócio – Políticos firmes, inteligentes e responsáveis, que evitem danos irreparáveis e permitam a construção de alternativas no Modelo e Governação do nosso Desenvolvimento Sustentável.
Perante a descrença na Política, agravada por casos em curso, esta situação e desafios pode ser uma oportunidade para credibilizar a Intervenção Política, partindo do social, económico e territorial, construindo inovadoras propostas e práticas POLÍTICAS, com P grande.
Para que “ a tampa não salte por implosão”, há que tudo fazer para evitar males maiores e ir construindo as bases de novos caminhos de esperança e motivação. Respondermos a estes Desafios, é uma EXIGÊNCIA CÍVICA !
José Carlos Albino
Messejana, 10 de Julho de 2012 .
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