sexta-feira, 29 de abril de 2011

" As Janelas dos Alentejos"

AS OPORTUNIDADES DOS ALENTEJOS
Voltando a posição já assumida, mas com razão reforçada nesta grave crise nacional e internacional, considero que os Alentejos têm claras janelas para desafios fazíveis na sua revitalização e desenvolvimento sustentado neste nosso século novo. Janelas que devem ver o País, a Europa e o Mundo !
Considero que os investimentos económicos e humanos nos Alentejos terão maior rentabilidade e sustentabilidade. Num momento em que é imprescindível mudar de modelos e direcções, os territórios “livres” e “virgens” são espaço, tempos e modos de povoamento e inovação. Muitas indústrias, das médias às micros e em diversos sectores e fileiras, poderão, com resultados, desenvolver-se e criar-se; e a agricultura, o turismo e os serviços também são indústrias. Só se precisa de vontades regionais e nacionais e de recursos humanos e organizacionais de excelência. Um “só” que é muito!
Temos, assim, que nos concentrar neste “só”. Antes de mais só agarraremos estas oportunidades se forem assumidas nacionalmente, pelos líderes económicos, políticos e sociais. Porque são oportunidades regionais no quadro duma necessidade nacional. Mas, também é imprescindível uma intensa renovação cultural nos líderes, organizações, poderes públicos e na população em geral, particularmente nas gerações jovens. Porque ainda se pensa e actua com os olhos, dominantemente, nos passados.
Como enunciámos no início, estas “janelas na crise” exigem visões largas territorial e culturalmente, visões universalistas como o Alentejano Vasco da Gama. Precisamos de participar activa e conscientemente na actual globalização, tirando partido do estreitamento de distâncias com as novas comunicações. Na afirmação das identidades regionais e locais, sublinhe-se a condição de cidadãos do mundo.
Numa lógica de rentabilidade económica, social e ambiental saibamos, de forma ampla, prosseguir estes estimulantes desafios de futuros renascidos e sustentados. Porque é uma OPORTUNIDADE NACIONAL !

José Carlos Albino
Messejana .

1 comentário:

  1. Sem dúvida que as crises potenciam ou aguçam os engenhos. Portugal, onde os alentejanos sempre tiveram papel preponderante, devem unir-se para potenciar as riquezas que possue e para potenciar os mercados com que tem afinidade.
    O Alentejo pode dar cartas.
    Não sou, contudo, um alentejano convicto, no sentido de que não acredito num só Alentejo. Acho que existe Alto e Baixo Alentejo e que as diferenças são visíveis. Receio a secundarização de Beja em benefício de Évora.

    Por outro lado, a consistência de um trabalho unitário de todo o Alentejo seria muito maior e fortaleceria qualquer que fosse a iniciativa.

    Uma coisa é certa, alentejanos ou não, não podemos estar de costas voltadas para todo um horizonte que nos dias de hoje já não termina na cortina de ferro, nem muito menos no Cabo das Tormentas.
    Abraço.

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